Conheça os trabalhos anteriores de Daniel Adjafre, autor de Deus Salve o Rei

Publicado em 21/03/2018

 

No ar desde janeiro no horário das 19h da Rede Globo, a novela Deus Salve o Rei tem uma ambientação inusitada para a nossa teledramaturgia, especialmente nessa faixa – a Idade Média, nos reinos fictícios de Artena e Montemor –, e marca a estreia de Daniel Adjafre como autor titular no gênero. Em meio a diversas sinopses candidatas a uma vaga na emissora, a de Adjafre foi escolhida pelo diretor de Teledramaturgia Diária, Silvio de Abreu, no segundo semestre de 2016, e posta em produção em meio a alguns cancelamentos e rearranjos da fila do horário. Mas ele não é um novato como autor de TV, nem em novela, inclusive.

Lucrécia e Rodolfo terão mais destaque em Deus Salve o Rei

Até aqui já foram ao ar duas temporadas da série A Cara do Pai (2016/17), estrelada por Téo (Leandro Hassum), um comediante divorciado, e sua filha Duda (Mel Maia). Paulo Cursino e o próprio Hassum formataram a série, escrita por Adjafre. Em janeiro deste ano foram ao ar quatro capítulos da mais recente temporada de Cidade dos Homens, desenvolvida por Adjafre e George Moura. Além disso, desde 2015 é exibida pela Globo e pelo Canal Viva em regime de temporadas (já foram feitas quatro) a “Nova Geração” da Escolinha do Professor Raimundo, também com participação de Adjafre nos roteiros, bem como teve o semanal Zorra Total por mais de 10 anos, até 2014.

Deus Salve o Rei sofre mudança na classificação indicativa

Em 2008 Daniel Adjafre escreveu para a série Casos e Acasos, que apresentava três histórias que iam se cruzando no decorrer do episódio semanal, exibido nas noites de quinta. Nas noites de domingo, depois do Fantástico, foram ao ar SOS Emergência (2010), com o louco dia a dia do Hospital Isaac Rosenberg, liderado pelo Dr. Solano (Ney Latorraca); e Batendo Ponto (2011), que trazia a secretária da empresa Colapax, Val (Ingrid Guimarães), às voltas com um chefe tresloucado, Guilherme (Pedro Paulo Rangel), e seus colegas nada convencionais; esses foram projetos de comédias desenvolvidos por Adjafre e Marcius Melhem, redatores finais dos dois.

Daniel Adjafre escreveu com Lícia Manzo as duas primeiras novelas dela como autora titular – colaborou em A Vida da Gente (2011/12) e foi coautor de Sete Vidas (2015). A primeira partia da vida das irmãs Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manuela (Marjorie Estiano), filhas de Eva (Ana Beatriz Nogueira) e unidas pelo amor à pequena Júlia (Jesuela Moro), filha da primeira e sobrinha da segunda, que acaba criando a garota no período que Ana passa em estado de coma, cuidada pelo médico Lúcio (Thiago Lacerda); e ao pai da menina, Rodrigo (Rafael Cardoso), filho de Jonas (Paulo Betti), padrasto das jovens. Já a segunda história tinha como protagonista Miguel (Domingos Montagner), que no passado havia doado sêmen para um banco de inseminação artificial e tinha vários filhos, espalhados pelo mundo e reunidos a partir da iniciativa de Júlia (Isabelle Drummond), em sua busca pelo pai biológico, e os acontecimentos que advêm disso.

De carreira marcada pela comédia, nem por isso Daniel Adjafre imprime a sua primeira novela como autor titular, Deus Salve o Rei, os mesmos elementos que fizeram sucesso em suas incursões no Zorra Total, por exemplo. O escritor demonstra sua consciência da diferença de estações ao compor uma novela calcada em romance, disputas pelo poder, aventura e intrigas palacianas, não resvalando em humor simplório. A novela está no ar há menos de três meses, vem muito pela frente e noutras histórias que ainda escreva Adjafre poderá demonstrar ainda mais seu talento e se firmar também na teledramaturgia diária.

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