Onde Está Meu Coração se despede de SP com o fim de seu período de gravações

Publicado em 22/07/2019

Após quase quatro meses de gravação, numa profunda imersão em uma história de amor e superação, elenco e equipes de Onde Está Meu Coração gravaram suas cenas finais na última semana.

Ambientada em São Paulo, a série escolheu a arquitetura e a velocidade da capital paulista como elemento fundamental. A princípio, para ajudar a contar o drama de Amanda (Letícia Colin), uma brilhante e idealista médica de classe média alta. Que mergulha no mundo obscuro da dependência química, clamando por amor e afeto.

Desde o início, a cidade ‘atuou’ como um personagem sensorial por meio de suas ruas, concretos, pessoas e excessos materiais. Que por sinal, levaram a equipe de produção e de direção às escolhas certeiras das locações. O apartamento do casal Amanda e Miguel (Daniel de Oliveira), por exemplo, é assinado pelo ícone da arquitetura brasileira, Paulo Mendes da Rocha. Com seu brutalismo e frieza, carrega o perfil dramático dos personagens.

Cenários

“A casa do casal só poderia ser um projeto modernista que deseja resolver todas as questões, mas não consegue decifrar as mais íntimas do coração”, explica Marcos Pedroso, diretor de arte da série. Ainda compondo o fio emocional da história, uma casa projetada por Ruy Ohtake, um dos maiores arquitetos do país. E com designer de interiores de Marcio Kogan acolheu mais de 20 cenas, dando vida à residência da personagem Vivian (Camila Márdila).

O hospital do Centro Paralímpico Brasileiro, por sua funcionalidade, foi o local escolhido para refletir o idealismo sofrido de Amanda em seu ofício. Tudo por trás de toda a luta que a personagem enfrenta. Distanciando do centro da capital paulista, a série gravou também no porto de Santos. Lá se encontram o ambiente das cenas do drama particular de Sofia (Mariana Lima), mãe de Amanda.

A beleza da paisagem natural, somada aos depósitos dos contêineres no porto e à presença grandiosa dos navios. Eles marcaram a origem da família da protagonista, que tem suas raízes na cidade litorânea. E principalmente a impotência de Sofia, sempre ao lado da filha em sua batalha pessoal. Mas num forte desgaste em seu casamento com David (Fábio Assunção).

Locações modernas

Onde Está Meu Coração foi gravada inteiramente em locações. Contando também com a beleza e imponência de lugares como o Memorial da América Latina, o Parque do Ibirapuera e o Museu de Arte Moderna. Projetos criados por Oscar Niemeyer, também em ruas, avenidas e viadutos do centro de São Paulo.

Em todo esse cenário, a força e o olhar de Luísa Lima, diretora artística da série, foram fundamentais para imprimir a sensibilidade feminina da história de George Moura e Sergio Gondelberg. Já que foi criada para uma protagonista mulher. “Os dependentes químicos também amam e muito. Nossa personagem é uma mulher que ama a vida, respeita as pessoas, tem muito afeto e muitos sonhos”, afirma Luisa.

A obra dos autores, pelo universo em que Amanda está inserida e sua capacidade de superar e controlar a doença. Além de ser um convite a uma reflexão mais profunda sobre a necessidade do amor, da empatia e de sólidas relações afetivas no tratamento da dependência química.

Original Globoplay

“O afeto e o amor são sentimentos da mesma natureza, efêmera, enigmática, e poética da falta. A falta que temos de dinheiro e de amor é o que nos move, mas também é o que nos paralisa e nos joga em um buraco. Achamos então que as redes afetivas, familiares e de amigos têm a capacidade de salvar as pessoas. E isso devemos entender por completo, de forma clara”, reforça a dupla. 

Onde Está Meu Coração, obra original Globo produzida exclusivamente para o Globoplay, é fruto do trabalho em conjunto do quarteto. Composto ainda por José Villamarim, que assina a supervisão artística da série.

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