Estrelando a série Homens?, Fábio Porchat fala sobre machismo no Luciana by Night: “A gente precisa se policiar”

Publicado em 23/04/2019

Luciana Gimenez entrevista Fábio Porchat em mais uma edição de seu talk show na RedeTV!, nesta terça-feira (23), às 22h45. No palco do Luciana by Night, o comediante fala sobre a série Homens? e opina sobre como é fazer humor atualmente no Brasil.

Criada e protagonizada por Porchat, Homens? aborda temas como machismo, assédio, diversidade e padrões sociais. Ao falar sobre machismo, ele admite: “Sou, claro, todo homem é!. A gente precisa se policiar. Lógico que não sou machista babaca que pega na bunda da mulher passando. Por exemplo, na estreia de Jurassic Park eu ganhei uma máscara de dinossauro”, recorda o convidado.

Pensei em dar para sobrinho de uma amiga minha e minha mulher, Natalie, falou: ‘Por que você não dá para a Nina, filha da Miá [Mello]? Ela vai amar’. Eu disse: ‘Não, mas isso é um brinquedo meio bruto, mais de menino’. Ela rebateu: ‘Por que é de menino?’. Respondi: ‘É, porque sei lá’. Realmente, fui machista”, conntinua ele.

Também na atração, Porchat discorda de que o politicamente correto estaria atrapalhando o trabalho dos comediantes. “Ele [o politicamente correto] te faz pensar. Muita gente fazia uma piada e, se alguém se ofendesse, dizia: ‘Ah, nem pensei na hora’. Não é muito ruim a gente falar uma coisa que a gente nem pensou? É melhor falar uma coisa que a gente pensou”, afirma.

“Não existe isso de que fazer humor está difícil”. Acho que os tempos mudaram para todo mundo. Fazer publicidade está diferente, fazer jornalismo está diferente, fazer programa de televisão… Está tudo diferente, mas a gente tem que se adaptar”, conclui o entrevistado.

Porchat relembra sua carreira

Relembrando algumas passagens pela TV, Fábio Porchat comenta sobre o programa que comandou ao lado de Tatá Werneck no canal Multishow, o Tudo pela Audiência, entre 2014 e 2016.

A gente zoava, sacaneava e eu acho que a gente devia ter sido preso. A Tatá beijou o João Kléber de língua, cara!”, brincou, elogiando a colega: “Ela é genial. Está gravidíssima agora. Fazer o programa com ela foi sensacional. Ela é o máximo, rápida, ágil. Era uma dupla real, não tinha competição”.

Sobre o Programa do Porchat, extinto no final de 2018 na Record, o comediante afirma ter sido uma experiência que lhe trouxe grande satisfação artística. “Achei que o programa estava bom, a crítica falando bem, o público gostando, estava super feliz, mas pensei: ‘Será que o programa vai ter mais um ano de vida? Será que eu consigo mais 250 convidados interessantes com boas histórias?. Acho que agora é a hora de parar’. Foi uma decisão totalmente consciente”, pondera.  

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