Profissão Repórter mostra os atuais desafios dos trabalhadores no Brasil

Publicado em 28/08/2018

Com a crise econômica que assola o Brasil há alguns anos, a questão do emprego tem preocupado cada vez mais. Por isso, o Profissão Repórter desta quarta-feira, (29), faz um panorama da situação no país. E traz histórias de quem vive os dilemas do mercado de trabalho. Como a falta de vagas, as novas regras de contratação. E ainda, o mercado informal. O repórter Julio Molica vai atrás de pessoas que poderiam trabalhar muito mais do que fazem hoje. Para abordar essa temática, ele vai, primeiramente, a Salvador, um local mais urbano, e acompanha a história de uma família que soma, atualmente, nove desempregados.

“As pessoas desistem de procurar emprego, pois essa própria busca gera um gasto com passagem de ônibus e alimentação”, reflete Molica. Em seguida, o repórter viaja para o interior, no distrito de São Roque do Paraguaçu. Lá o fechamento de um estaleiro desempregou mais de 7 mil pessoas. Muitos hotéis, escolas e clínicas que foram construídas em razão do estaleiro acabaram fechando ou diminuindo seus fluxos. E, consequentemente, despedindo funcionários. O repórter ainda comenta que uma parte da população voltou à estaca zero. Enquanto outra foi embora da cidade e outras ainda esperam a reabertura do local.

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E mais no Profissão Repórter

Para se ter uma ideia, a Bahia apresenta, hoje, um quadro de 39,7% de pessoas em situação de subutilização. Em que se enquadram os desocupados, os subocupados (que poderiam estar trabalhando mais e melhor) e a força de trabalho potencial (os que gostariam de estar trabalhando atualmente). Em São Paulo, a repórter Eliane Scardovelli mostra na prática uma nova modalidade de trabalho regulamentada em novembro do ano passado, com a nova reforma trabalhista. O trabalho intermitente, vagas sem jornada fixa em que o empregado recebe por hora trabalhada.

“Não contávamos com tanta resistência”, conta Eliane ao falar das dificuldades em encontrar uma empresa que concordasse em mostrar como funciona esse tipo de relação. Foram sete respostas negativas até conseguirem a autorização de um supermercado em Campinas para realizar a gravação. A rede contratou 15 operadoras de caixa pelo regime intermitente, que trabalham só aos domingos e feriados. A repórter mostra uma página em rede social que faz compilado de vagas que oferecem moradia em troca do trabalho.

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No Rio Grande do Sul, a repórter Danielle Zampollo encontra a dupla participante do Globo Lab, Stêvão Limana e Juliano Castro, da Universidade Federal de Santa Maria. Eles vão conhecer a história das pedreiras Eva e Vanilda. Elas ganham a vida na informalidade e tiveram suas trajetórias abordadas pelos estudantes. Quando participaram da iniciativa da Globo para fomento da inovação e relacionamento com a nova geração de criadores de conteúdo.

Profissão no Globo Lab

A partir desta semana, o Profissão Repórter mostra as 10 reportagens resultantes da 6ª edição do Globo Lab. O projeto contou com 20 jovens de escolas e coletivos de comunicação de diversos estados para participarem de uma imersão com Caco Barcellos e sua equipe na redação do semanal. Outras duas reportagens poderão ser vistas no site do programa a partir de quarta-feira.

Joyce Cursino e Raelly de Castro Brito, da Universidade da Amazônia (Unama), apresentam o Projeto Cicatrizes. Ele nasceu da experiência pessoal de Glenda, uma mulher que passou por uma série de cirurgias de emergência após o rompimento do apêndice quando estava grávida. Ela acabou perdendo o bebê. Vanessa Gavilan Mikos e Eduardo da Paz Martinesco, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), mostram como a fé pode ser a saída para quem tem uma vida vulnerável. E como a umbanda, também marginalizada, ganha destaque na vida dessas pessoas.

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