“Japonês da Federal” revela histórias de presos da Lava Jato no Conversa com Bial

Publicado em 14/08/2018

Das páginas dos jornais à figura célebre do carnaval, com direito a marchinha em sua homenagem. Newton Ishii passou os últimos anos atendendo pela alcunha de “japonês da Federal”. Newton conduziu e acompanhou a prisão de nomes que detinham boa parte do poder no país. No Conversa com Bial desta quarta-feira, dia 15, Ishii, agora aposentado, lança sua biografia, escrita por Luís Humberto Carrijo, e conta detalhes tanto de sua vida pessoal como da carreira dentro da Polícia Federal.

Na adolescência, o agente não gostava do apelido, mas, depois de tamanha repercussão, não se sente ofendido quando é chamado pelo nome que ficou famoso. “Graças a Deus, por onde tenho passado, os brasileiros me recebem com muito carinho. E isso me enche de orgulho”, reconhece. Sua fama, hoje, vai além do que se poderia imaginar.

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A lista de presos com os quais Ishii lidou passa por Marcelo Odebrecht, Antonio Palocci, José Dirceu, Delúbio Soares, Sérgio Cabral, Renato Duque, Eduardo Cunha, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. A despeito da carreira pública do “japonês da Federal”, sua trajetória pessoal tem nuances que também poderiam estar nas páginas de jornais. E, de fato, uma delas esteve. Acusado por estar envolvido em um sistema de contrabando, ele chegou a ser preso e teve de usar tornozeleira eletrônica.

Distante dos holofotes, ele enfrentou dois momentos de grande tristeza quando o filho mais velho, Eduardo, cometeu suicídio. E quando, quatro anos depois, a esposa, Fátima, teve um infarto fulminante. “Na véspera da morte dela, ela levantou da cama, a peguei chorando na área de serviço. Ela disse que queria ver o Dudu mais uma vez”, lembra.

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