Fafá de Belém defende descriminalização do aborto no Conversa com Bial

Publicado em 07/08/2018

Considerada “Musa das Diretas” nos anos 1980 e dona de uma risada espontânea, Fafá de Belém é a entrevistada do Conversa com Bial. Aberta a todos os temas, a cantora conta um pouco de sua trajetória profissional. E ainda da importância da música em sua vida. E da influência de grandes mulheres, como Sophia Loren, da sensualidade do Pará e de sua religiosidade. Ela também aborda temas como a descriminalização do aborto.

Aos 62 anos, a cantora, apontada como “patrimônio nacional” pelo apresentador Pedro Bial, cresceu em um universo de muita música e sem preconceito. Ouvia de tudo um pouco: Foxtrot, Jazz, MPB, Beatles e Roberto Carlos. Fafá revela que só começou a cantar porque queria frequentar a “roda dos adultos”. “A música é a minha amiga mais remota, me ensinou a falar, foi quem me atropelou e me deu carona para o resto da vida”.

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A cantora anima a plateia com algumas músicas que fazem parte dos seus 40 anos de carreira como, “Foi Assim”, “Vermelho” e “Abandonada”. E ainda confirma que todas elas possuem um recado destinado a alguém. “Todas as minhas músicas eram um recado pra alguém. Um namorado meu já me fez vender 3 milhões de cópias”, brinca. Ainda sobre a carreira da cantora, Bial fala da religiosidade e relembra que ela cantou para três Papas. “Sou fã de João Paulo II, acho que ele causou uma revolução. Fiquei encantada com as portas que ele fechou e as que ele abriu. Falava de assuntos que antes não se falavam”, comenta.

Fafá de Belém fala sobre política no Conversa com Bial

Política e assuntos polêmicos como a descriminalização do aborto e das drogas também são abordados nesse papo. “Nenhuma mulher faz um aborto porque quer. Temos que conscientizar a prevenção e cuidar dessas meninas que fazem o aborto. É preciso descriminalizar e ter um atendimento a elas”, aponta a artista.

Com a proximidade das eleições, a cantora comenta as diferenças entre os dias atuais e o movimento pelas Diretas, em 1984. E dá seu palpite sobre o que o país precisa para poder evoluir. “Acredito que, quando essas lideranças todas se unirem pensando um novo caminho para o povo, vamos ter uma solução para esse país”.

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