Atriz Adriana Alves fala sobre os casos de racismo sofridos por ela no Luciana By Night

Publicado em 31/07/2018

A atriz Adriana Alves é a entrevistada do Luciana By Night desta terça-feira (31), na RedeTV!. No auge de seus 41 anos, Adriana fala abertamente sobre racismo, classificando-o como “falta de informação, tato e inteligência” e relembra episódios de preconceito sofridos desde a adolescência.

“Me lembro que, com 16 anos, eu estava andando na rua, passou um senhor ao meu lado e falou ‘eu juro que se fosse a época da escravidão, eu te comprava, negrinha’. Aquilo acabou comigo porque você não espera. E o pior momento do preconceito é esse, porque eles têm que te afrontar. Já sofri ataque em rede social também, eles te chamam de tudo o que você possa imaginar e existe uma questão que se você é bem resolvida consigo, você passa por cima, mas isso não significa que você não sofre”, diz.

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Ainda no Luciana By Night

Casada há oito anos com o chef de cozinha Olivier Anquier, Adriana relata ainda um caso de racismo sofrido na França – país em que o marido nasceu – e diz que percebe quando não é benquista aonde vai. “Se eu entro num restaurante e certamente sou a única negra que tem ali, as pessoas te olham como se você fosse um ET. Você sabe o olhar, você sabe quando você não é bem aceito. Uma vez eu estava sozinha numa doceria muita famosa, centenária, em Paris, e me lembro de uma mulher com sua filha em uma mesa e eu sentei em outra, ao lado. Ela levantou e, sem sombra de dúvida, eu tinha certeza que foi porque não queria estar ao meu lado e ainda comentou algo numa linguagem muito específica com a filha que eu nem entendi”, conta ela.

Embora compartilhe alguns momentos difíceis com a apresentadora, a atriz explica que prefere não expor os casos de racismo que viveu quando as pessoas lhe perguntam: “O mais triste é que uma criança não nasce racista e é muito sério isso. Os pais, ou qualquer ser que participe do convívio da infância de uma criança ou adolescente, faz com que a cor da pele de uma pessoa faça diferença. Tenho um milhão de histórias tristes para contar e as pessoas sempre pedem, mas não conto. Prefiro dizer que vivi, venci, venço e é assim, um leão que você tem que derrubar todo dia”.

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