Doze episódios da nova temporada de ‘Sob Pressão’ vão levar para a tela dramas inspirados em histórias reais de médicos e pacientes. Ao total, foram 73 dias de gravação, 13 personagens fixos, 64 participações especiais, 39 atores no elenco de apoio e 2.521 figurantes, fora a equipe de produção, que somou 80 pessoas nos bastidores.
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Na segunda temporada da série – que aborda o impacto da corrupção na saúde pública –, três personagens se incorporam à história. Renata (Fernanda Torres) chega ao hospital para ocupar o cargo de Samuel (Stepan Nercessian). Humberto Carrão interpreta o arrogante Henrique, cirurgião ortopedista que passa a integrar a equipe médica. E Julia Shimura, que fez parte do elenco do filme, é a dedicada enfermeira Keiko. Os três se juntam ao elenco da primeira temporada que tem Julio Andrade, Marjorie Estiano, Stepan Nercessian, Bruno Garcia, Tatsu Carvalho, Orã Figueiredo, Pablo Sanabio, Heloisa Jorge, Josie Antelo e Alexandre David.
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Fernanda Torres não esconde a saudade que sentia de atuar em um papel dramático. “Eu fiquei muito interessada na série, já que há muito tempo não fazia um trabalho sério assim na TV – mais do que sério, realista. Gostei muito de participar, estava com saudade. No início demorei um pouco para abaixar a interpretação, para limpar a atuação. Até porque já estava todo mundo muito azeitado”, explica. Animada com o novo trabalho, a atriz não poupa elogios ao projeto. “Eu já era fã de ‘Sob Pressão’, achava que eles tinham chegado a um nível de realismo na televisão raro de encontrar; uma mistura de um elenco conhecido com atores incríveis que, às vezes, nem todo mundo conhece. Quando eu soube da ideia dos criadores de falar mais sobre a corrupção e eles me convidaram para dar vida à personagem responsável por trazer esse assunto para a trama, eu achei maravilhoso”, vibra.
Outro novato em ‘Sob Pressão’, Humberto Carrão fala do entrosamento do elenco no set e como isso ajuda na atuação. “Eu já tinha trabalhado com Julio, Marjorie, Orã, Pablo… É um clima ótimo! Relaxar e estar junto com os amigos é importantíssimo para o momento de ligar a câmera e fazer cenas mais pesadas”, acredita. Parceria, aliás, existe no elenco, na produção e principalmente entre autor e diretor, como comenta Lucas Paraízo, redator-final da temporada. “Acabamos de terminar as gravações da segunda temporada com a sensação de dever cumprido. ‘Sob Pressão’ é uma série feita pela união de muita gente e pela forte parceria que Andrucha (Waddington) e eu estabelecemos. Andrucha opinou muito nos roteiros e eu também participei das filmagens sempre que precisavam do olhar do autor. Não estava acostumado com isso, mas ter tido essa proximidade me ensinou o quanto o autor é bem-vindo ao set’, elogia.
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Elogiada pelo público e crítica, a narrativa da série ganhou notoriedade internacional logo na primeira temporada. Exibida em festivais como Berlinale (Berlim) e TIFF (Toronto), ‘Sob Pressão’ ganhou quatro prêmios no 31st Festival International de Programmes Audivisuels, realizado em janeiro deste ano em Biarritz: melhor série; melhor interpretação feminina e masculina (para Marjorie Estiano e Julio Andrade, respectivamente); e melhor roteiro. Rompendo as fronteiras do Brasil, a série já foi licenciada para Portugal e os Emirados Árabes Unidos. Para Marjorie Estiano, que interpreta a cirurgiã Carolina, ‘Sob Pressão’ é um projeto engajado socialmente e esse é um dos principais motivos para o sucesso. “O Sob Pressão é um trabalho que fala especialmente do Brasil. Tem muita objetividade dentro da dramaturgia, que através do entretenimento fala de política, fala de cidadania, de cultura, de educação, de saúde… O público brasileiro se sente identificado”, analisa. Para o diretor artístico Andrucha Waddington ter esse reconhecimento faz o trabalho ser ainda mais prazeroso. “É uma honra ter um projeto tão brasileiro, que fala das mazelas do nosso sistema de saúde pública, encontrar reconhecimento internacional e estar presente em festivais pelo mundo afora. Esperamos que a segunda temporada de ‘Sob Pressão’ tenha a mesma representatividade tanto no Brasil quanto no exterior”, torce.
Assim como na temporada passada, uma parte desativada do Hospital Nossa Senhora das Dores, na zona norte do Rio de Janeiro, serviu como locação do hospital fictício da série. Mas outra novidade desta temporada são os grandes eventos que acontecem fora do ambiente hospitalar, que levaram a equipe para locações externas. Um grave acidente de ônibus, o desabamento de um prédio, a colisão de um caminhão numa passarela, o içamento de um paciente obeso pela varanda do prédio estão entre as histórias que acontecem foram da emergência de ‘Sob Pressão’. “Nossa ideia é fazer com que a realidade da saúde se imponha também fora do hospital, para mostrar como aquele paciente chegou à emergência”, adianta Lucas Paraízo. Para Julio Andradre, que dá vida ao médico Evandro, a proposta do autor é muito interessante. “É bom ver a história dos pacientes fora do contexto do hospital, que é o personagem principal. E para nós, atores, as cenas externas foram um respiro, uma maneira de a gente renovar o nosso trabalho e o personagem”, conclui.
Com estreia prevista para o segundo semestre deste ano, a segunda temporada de ‘Sob Pressão’ tem supervisão de texto de Jorge Furtado e redação final de Lucas Paraízo, que escreve os episódios com Antonio Prata, Marcio Alemão e André Sirangelo. A série é uma coprodução da Globo com a Conspiração Filmes, com direção artística de Andrucha Waddington e direção de Andrucha e Mini Kerti.