Eterno “Imperador”, Adriano faz confidências no ‘Conversa com Bial’ desta quarta

Publicado em 11/10/2017

O que ele faz – ou fazia – dentro e fora de campo sempre foi motivo de atenção do público e da imprensa. Mesmo longe dos holofotes, vez ou outra tem seu nome associado a alguma polêmica. Adriano já foi o Dinossauro para a turma da comunidade onde cresceu, assim como é até hoje o “Imperador” para o mundo todo. De peito aberto, sorriso no rosto e lágrimas nos olhos, o ex-jogador está no ‘Conversa com Bial’ desta quarta-feira e abre o jogo sobre diversos assuntos.

Um deles é aquele em que revela seu plano de voltar a jogar em 2018. “Estou me ajeitando para fazer um projeto e começar a treinar de novo, sem clube nenhum, durante todo o mês de janeiro. Desde que parei, consegui manter meu corpo. Estou disposto a isso, sei que tenho que ter muita persistência. Quero fazer por mim, quero mostrar que posso chegar até meu limite e, daí sim, dizer se dá ou não para continuar jogando”, revela o atacante.

Adriano reconheceu que não realizou tudo o que podia durante sua trajetória. “Sei que não consegui completar realmente minha carreira por inteiro, aconteceram algumas coisas que me fizeram me afastar do futebol. Logo depois que meu pai morreu, entrei em depressão, fiquei alguns meses bem mal. Estava na Inter de Milão e depois preferi voltar ao Brasil”, recorda. Depois de ficar alguns meses no Brasil, o então atacante voltou para a Itália, mas, novamente, sentiu falta da família: “Vim para um jogo da Seleção e fui para a minha comunidade, fiquei uma semana lá, andando descalço, fazendo churrasco, andando sem camisa, por isso tem a história de que eu fugi da Inter”.

Adriano falou sobre a relação com a família. “Eu era a única chance de mudarmos de vida, o futebol era uma esperança para todos. Se não tivesse aquela estrutura da minha família, podia ter desviado para o caminho errado. Meu pai tomou um tiro na cabeça quando eu tinha 10 anos de idade. O que seria do Adriano se o pai tivesse morrido ali?”, conta, lembrando dos mais de 40 amigos que perdeu – e segue perdendo – por conta dos caminhos que trilharam na vida.

E é quando fala do pai que Adriano mais se emociona. “Um conselho de que nunca esqueço é que era preciso ter humildade, sinceridade e respeitar o próximo, isso aí eu guardo para sempre. E também que o mal não se trata com mal, se trata com o bem”, diz, em meio às lágrimas e aos aplausos da plateia.

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