Daniela Albuquerque entrevista com exclusividade, no Sensacional desta quinta-feira (12), o jornalista Roberto Cabrini. Durante conversa, gravada na casa do apresentador, em São Paulo, Cabrini faz um balanço da carreira no jornalismo e cita o momento em que saiu da TV Globo, aos 23 anos, e foi para a TV Bandeirantes, convidado por Luciano Do Valle. “Foi a decisão mais difícil que tomei. Até hoje penso se foi certo ou não, mas acho que foi certo, sim”, afirma.
Aos 59 anos, Cabrini é um dos grandes nomes do jornalismo investigativo nacional. Ele compartilha um episódio da carreira que serviu de combustível para seguir em busca de furos de reportagem. Ao entrevistar o empresário PC Farias, braço direito do ex-presidente Fernando Collor de Mello, deparou-se com uma grande frustração. Outro veículo publicou a matéria em primeira mão.
“Eu o localizei, fiz a matéria, mas ficamos presos no trânsito e chegamos cinco minutos depois de terminar o jornal. Em consenso com os diretores da Globo na época, decidimos colocá-la no ar no dia seguinte. Perguntaram se algum outro veículo de comunicação tinha feito a matéria e falei: ‘Olha, não posso te garantir’, mas um repórter da Folha [de São Paulo] conseguiu fazer e perdemos essa. A nossa matéria entrou no dia seguinte, mas não teve o mesmo impacto”, recorda.
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Emoção pessoal
Ao ser questionado sobre o trabalho que mais o sensibilizou até hoje, Cabrini fala da morte de sua mãe e de como a matéria intitulada A um Passo da Eternidade o ajudou a enfrentar a dor.
“Fiquei muito abalado e chocado quando minha mãe morreu. Ela foi uma grande incentivadora da minha carreira e quando ela se foi tive a ideia de fazer algo que partisse da seguinte pergunta: ‘O que muda na vida do ser humano com a proximidade da morte?’”, explica. A matéria em questão foi ao ar no dia 1º de março de 2015, no Conexão Repórter, no SBT.