Aclamada em Portugal, remake de Gabriela ganha sua primeira reprise na SIC

Publicado em 25/10/2018

O remake de Gabriela, escrita por Walcyr Carrasco, em 2012, ganhará sua primeira reprise em Portugal. O folhetim protagonizado por Juliana Paes e Humberto Martins será retransmitida pela SIC. Gabriela é considerada uma dos maiores êxitos brasileiros por lá.  

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A novela será exibida às 18 horas, a partir do dia 8 de novembro. Em sua primeira exibição, também no mesmo ano de sua estreia no Brasil, Gabriela foi um verdadeiro fenômeno. Com uma média de 22.4% de audiência  e 40,9% de share conquistado em seus primeiros capítulos, Gabriela alcançou 2 milhões e 119 mil telespectadores. 

O folhetim global deu à SIC um dos melhores resultados finais de uma telenovela brasileira desde Chocolate com Pimenta.  A novela conquistou uma média de 15.7% de audiência e 34,6% de share em toda a sua exibição.

O retorno de Walcyr Carrasco e a urgência na renovação de autores da Globo

Nos últimos dias, foi confirmado o retorno de Walcyr Carrasco à faixa das 21 horas. Será dele a novela que substituirá O Sétimo Guardião, que, por sua vez, entra na vaga de Segundo Sol. Com a mudança, a estreia de Manuela Dias no horário, a princípio, foi adiada. E Carrasco retornará ao horário pouco mais de um ano depois de O Outro Lado do Paraíso, seu mais recente folhetim.

Walcyr Carrasco escreve praticamente uma novela por ano desde sua estreia na Globo. Sendo assim, seu retorno não chama a atenção. O que chama a atenção é que seu retorno será novamente no horário das 21 horas. Anteriormente, o novelista ocupava outros horários antes de contar uma nova história no horário mais nobre. Versátil, Carrasco circula livremente entre as faixas das 18h, 19h e 23h. Antes de confirmada sua novela às 21h, ele chegou a revelar sua vontade de escrever uma continuação de Verdades Secretas. Provavelmente às 23h.

Recorrer a uma nova história de Walcyr Carrasco às 21 horas revela a carência da direção da emissora de novelistas para o horário. Anteriormente destinada ao seu time de estrelas, a faixa, de uns tempos para cá, tem perdido medalhões. Nomes como Gilberto Braga, Manoel Carlos, Maria Adelaide Amaral e Benedito Ruy Barbosa não demonstram interesse em retornar. Silvio de Abreu, hoje, está do outro lado da mesa, chefiando o setor de dramaturgia da emissora. Gloria Perez, no momento, é parceira de Abreu no comando das séries. “Sobram”, então, Aguinaldo Silva (que escreve O Sétimo Guardião) e João Emanuel Carneiro (no ar com Segundo Sol). Isso justifica um retorno tão imediato de Walcyr Carrasco.

Os próximos da fila

Por isso mesmo, Manuela Dias despontava como a próxima estreia do horário. Com o adiamento de seu projeto, sua estreia ficou incerta. Além disso, outros nomes começam a surgir como candidatos ao horário. Maria Helena Nascimento e Alcides Nogueira estariam cotados para assinar futuras produções. Nesta semana, o nome de Lícia Manzo também surgiu no noticiário. Ótimos nomes que, sem dúvidas, merecem figurar nesta urgente renovação da faixa das 21 horas.

Walcyr Carrasco divide opiniões

O retorno precoce de Walcyr Carrasco à faixa das 21 horas tem seus prós e contras. O autor é bom de Ibope e representa uma segurança para a emissora. Apostar numa história assinada por ele é praticamente apostar no que dá certo. Em suma, é um nome de confiança para a direção da emissora. Neste momento em que a fila dos autores precisou ser alterada, é uma escolha até óbvia.

Já o problema é que Carrasco, com sua proatividade, acaba se repetindo em demasia. O autor encontrou uma fórmula duvidosa para a criação de seus folhetins. Ele basicamente recicla ideias de filmes e livros, mistura tudo e coloca no ar. Depois, vai moldando os rumos dos personagens ao sabor das vontades do público, sem muita preocupação com coerência.

É um estilo que agrada a muitos, sem dúvidas. Carrasco tem seus fãs que merecem vê-lo no ar de tempos em tempos. Mas seria melhor, tanto para a faixa das 21 horas, quanto para o próprio Walcyr, que sua ausência no vídeo fosse maior. Cada autor tem seu estilo e costuma se repetir, mas todos têm suas pausas. É importante que haja um revezamento de ideias e estilos no horário. Senão, a tendência é a pasteurização do folhetim.

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