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“O sambista é o cronista da sociedade”, afirma Arlindinho no Mariana Godoy Entrevista

Filho de Arlindo Cruz falou sobre função social da arte

Publicado em 14/09/2019

Filho de Arlindo Cruz, um dos maiores sambistas do país, Arlindinho participou do Mariana Godoy Entrevista desta sexta-feira (13). No bate-papo, o convidado exaltou os grandes nomes da música que marcaram sua trajetória. Além disso, comentou a diferença entre fazer show em bairros nobres e no subúrbio.

A energia é outra! O suburbano é feliz sem dinheiro. Mesmo com todas as adversidades naturais de uma pessoa que veio de uma condição inferior, ele consegue se divertir pelo menos ali no samba. Ele pode ter o problema que for, mas ali ele está sorrindo, batendo na palma da mão e trocando energia”, afirmou ele, ressaltando bairros cariocas como Madureira, Realengo e Padre Miguel.

Apesar da pouca idade, o cantor de 27 anos já conquistou seu espaço no meio musical e realizou parcerias ao longo da carreira, entre elas com Jorge Aragão e Péricles.

A gente fala que o sertanejo é o primo rico do pagode”, brinca, sobre a importância dos ritmos populares nacionais. “Acho que o sambista tem o dever de ser o cronista da sociedade. De se manter atual, de falar das coisas que estão acontecendo“, filosofou, a respeito da função social de sua arte.

Canção de ninar

Em agosto deste ano nasceu o segundo filho do artista, chamado Antônio Massaia Candeia Cruz – nome dado em homenagem ao sambista Candeia. Sobre a alegria da chegada do caçula, Arlindinho compartilhou uma tradição da família Cruz: compor um samba para toda criança recém-nascida. É o caso de A Cartilha, canção feita para o seu pequeno Antônio.

“Um pai querendo mostrar um pouquinho do que viveu e está vivendo para o filho. Diogo Nogueira está doido para gravar [a música], me pediu autorização para cantar para o filho dele e isso é muito bacana”, revelou o músico, emocionado.

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