Entrevista

Julián Gil surfa no sucesso de A Que Não Podia Amar no Brasil e se reinventa na TV mexicana

Galã argentino se projeta com sucesso em novelas mexicanas

Publicado em 02/09/2019

Nome cobiçado na teledramaturgia latina, Julián Elías Gil Beltrán, mais conhecido como Julián Gil, aos seus 49 anos, colhe os frutos de uma carreira que se divide entre negócios, empreendedorismo e televisão. No Brasil, ele está no ar através do SBT com o personagem Bruno, na novela mexicana A Que Não Podia Amar, produzida pela Televisa em 2011.

Já no México, Gil recém saiu do ar, no horário nobre, com a segunda temporada do êxito Por Amar Sin Ley, trama do produtor José Alberto Castro, o mesmo do atual cartaz inédito do SBT e das famosas Teresa (2010), Rubí (2004) e Lágrimas de Amor (2015).

Em sua primeira entrevista ao Brasil, com exclusividade para o Observatório da Televisão, Julián Gil abriu seu coração e falou tudo sobre sua vida como empresário, a relação com seu público, sexualização do corpo, e, é claro, para a alegria dos fãs, muito sobre A Que Não Podia Amar e o impacto dela em sua vida.

Atualmente o galã investe pesado na divulgação de E Se Eu Me Casar? (¿Y Si Me Caso?), o seu mais novo espetáculo teatral, que tem como base a sua própria vida.

“99% do que vamos contar é sobre a minha vida e minhas relações”, explicou ele. O anúncio da peça vem no momento em que o ator domina os holofotes da mídia, os tabloides, revistas e programas de fofoca, por decorrência de sua polêmica separação da também atriz, Marjorie de Souza, com quem teve o seu terceiro filho, Matías.

A peça, que somente com o anúncio tem causando um verdadeiro estardalhaço, percorrerá grande parte do continente, com arrancada em Miami no dia 14 de setembro.

Julián Gil inaugurou o primeiro restaurante de gastronomia porto riquenha em Miami EUA  (Reprodução: Instagram)
Julián Gil inaugurou o primeiro restaurante de gastronomia porto riquenha em Miami EUA Reprodução Instagram

Questionado sobre a fusão de carreiras distintas em sua vida, Julián assegura não ter dores de cabeça quanto a isso. “Sou muito organizado, eu planejo todas as minhas atividades para que não entrem em conflito.

Tudo caminha em paralelo com um bom planejamento”, disse ele, dono também do La Placita, restaurante de gastronomia porto riquenha inaugurado este ano em Miami.

Ser positivo com a vida é a lição que Julián traz de suas experiências profissionais anteriores na atuação e nos negócios. “Sou focado nos objetivos que eu defino e procuro trabalhar no que eu gosto”, ressaltou.

O ator Julian Gil em entrevista à imprensa (Reprodução: Instagram)
O ator Julian Gil em entrevista à imprensa Reprodução Instagram

O astro latino emenda trabalho atrás de trabalho desde 2002, quando estreou na série Minha Consciência e Eu (Mi conciencia y yo), de lá pra cá são 17 produtos televisivos, além das peças e filmes. Sem férias, Julián diz não se importar, pois o trabalho é a sua maior fonte de satisfação.

“Sou uma pessoa que precisa ser ativa e, principalmente, quando trabalha no que gosta e gosta deste trabalho. Quando me aposentar, terei muito tempo para descansar.

Eu me sinto feliz por ter atingido as metas da minha vida e orgulhoso de saber que, com esforço, e muitas vezes sacrificando tempo com meus filhos, familiares e amigos que consegui chegar até aqui”, disse o pai de Nicolle (31), Julián Jr. (23), e, Matías (2).

Julián Gil foi pai pela primeira vez aos 15 anos de idade e hoje tem três filhos (Reprodução: Instagram)
Julián Gil foi pai pela primeira vez aos 15 anos de idade e hoje tem três filhos Reprodução Instagram

Em A Que Não Podia Amar, Julián Gil vive o advogado Bruno, um sórdido homem, sagaz, sensual, com os dois pés firmados na vilania, características essas que decorrem de uma obsessão por Ana Paula, personagem de Ana Brenda Contreras. Mas, o ator também pôde ser visto em Sortilégio (2009), também exibida pelo SBT.

Sobre o que essas duas histórias representam na vida de Gil, ele afirma: “Cada personagem para mim é um desafio, seja protagonista ou vilão. Minha responsabilidade em aceitar um personagem é cumprir o propósito de comunicar, transmitir emoções, sentimentos e uma mensagem que vai além do entretenimento.

Todos os personagens que interpretei me deixaram com muito boas lembranças. De cada um, você aprende a ver a vida de uma perspectiva diferente da sua”, garante o galã.

Batendo recorde de audiência nas tardes do SBT, a história originalmente escrita por de Delia Fiallo e adaptada por Ximena Suárez, de fato, fisgou o público e reergueu o horário, superando os números dos programas Fofocalizando e Casos de Família.

Julián Gil acredita que o sucesso da novela no Brasil é o mesmo conquistado em outro países. “A combinação de um elenco de primeira e uma excelente direção e produção. Nos bastidores, sempre houve uma grande parceria, o apoio de todos e muitos momentos de aprendizado junto aos grandes profissionais”, disse.

Cena de Bruno e Ana Paula em A Que Não Podia Amar   (Reprodução: Instagram)
Cena de Bruno e Ana Paula em A Que Não Podia Amar (Reprodução: Instagram)

Em recente entrevista ao canal Chente Ydrach, o ator disse que depois de fazer novelas, está pronto para qualquer outro trabalho, como cinema e teatro.

Questionamos se ele se sentiria preparado para estar em uma produção brasileira ou em um filme de Hollywood. “Nesta profissão você deve se reinventar a cada dia. A mágica é colocar chapéus diferentes para coisas diferentes e quando você terminar um projeto, tire o chapéu e comece com o próximo”, refletiu o artista.

Em Sortilégio, Julián interpretou Ulisses, um bissexual que causou alvoroço entre o público e a mídia. Ele avalia com positivismo o mercado atual e suas abordagens sobre o tema, além de garantir que não é assediado pelo público em suas redes sociais, tampouco faz questão de carregar algum título como o de símbolo sexual.

“Desde Sortilégio vejo que já há muito mais aceitação de trabalhos que antes eram considerados ‘proibidos’. Ainda existem pessoas que não aceitam a diversidade dos seres humanos. Sempre haverá pessoas que criticam, não importa qual o seu papel, e isso deve ser entendido e aceito.

Até o momento, não senti ‘assédio’. E sobre a referência ao símbolo sexual, é algo que você não decide, é algo que as pessoas pensam e decidem por você”, contou ele, com 2,8 milhões seguidores no Instagram.

Mesmo sabendo do sucesso que faz no Brasil, Julián ainda não conseguiu fazer uma visitinha ao nosso país, mas falou o que pensa sobre os brasileiros e sobre a nossa cultura.

“Quando penso no Brasil, penso em pessoas felizes, em cores vibrantes, em um país com biodiversidade impressionante. Venezuela, Porto Rico e Brasil são países com culturas muito semelhantes, juntam a alegria, a capacidade de estar sempre dispostos a se ajudarem, a oferecer um sorriso e uma mão amiga”, finalizou.

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