1990 e uma onda de sequestros toma conta da Cidade Maravilhosa. A filha de um influente deputado é sequestrada, o secretário de segurança pública do Estado coloca a Divisão Anti-Sequestro nas mãos de dois policiais com perfis e métodos de trabalho distintos. Ficção e realidade são retratados em A Divisão, série da Globoplay.
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Primeira aposta do gênero ação realizada em parceria com Multishow e o AfroReggae Audiovisual, A Divisão conta com cinco episódios de 45 minutos. No elenco Silvio Guindane, Erom Cordeiro, nos papeis principais, Marcos Palmeira, Dalton Vigh, Natalia Lage, Vanessa Gerbelli. Uma segunda temporada está garantida, mas sem data de estreia.
Sob a direção geral de Vicente Amorim e direção de Rodrigo Monte, o thriller policial foi criado por José Júnior da ONG AfroReggae e escrito por Gustavo Bragança, José Luiz Magalhães, Rafael Spínola, Fernando Toste, Aurélio Aragão e Erik de Castro. Um longa também faz parte do projeto.
Realidade
A equipe da série chegou inclusive a presenciar um tiroteio entre policiais e bandidos. Foi aí que José Junior entrou para mediar o conflito e assim concluir parte dos trabalhos no Morro São Carlos, favela localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro.
“Tivemos um trabalho de preparação com policiais, ex-traficantes, foi muito importante para entender esse universo, pra não cair no estereótipo, os personagens são muito ricos, possuem uma carga dramática”, disse Natalia Lage que dá vida a uma agente da lei.
No ar em A Dona do Pedaço, Marcos Palmeira ressaltou a realidade que a série traz: “Filmamos em locações, em lugares, que nunca ninguém teve acesso. Foi uma oportunidade única. Conseguimos de alguma forma entrar numa verdade, fugir da nossa realidade”.
Fuzil
Interpretando Mendonça, um policial linha dura, Silvio Guindane revelou que o elenco fez aulas de tiro na Cidade da Policia, no Rio de Janeiro: “O fuzil se tornou uma extensão do meu corpo”. E deixou uma pergunta no ar: “A série não traz respostas, mas levanta perguntas: será que os fins justificam os meios?”.
Já o diretor da série, Vicente Amorim, defendeu as cenas de violência da produção: “É para incomodar, porque a violência não pode ser normalizada. Isso foi muito consciente”.