Assédio: Stela vive com silêncio sufocante após ser violentada por Roger Sadala

Publicado em 02/05/2019

No episódio de estreia de Assédio, os telespectadores irão conhecer um pouco mais da história da professora Stela (Adriana Esteves). A moça cuidava e educava crianças no trabalho e sonhava em ter sua própria prole, mas acabou tendo seu sonho destruído. A série começa na próxima sexta-feira (03), logo depois do Globo Repórter.

Abusada pelo médico depois de passar pelo procedimento de coleta dos óvulos, ela reuniu a dor, a vergonha, a repulsa e transformou em silêncio. Enquanto ela vê seu sonho ser substituído por frustração e depressão, o Dr. Roger Sadala (Antonio Calloni) segue em franca ascensão.

Se autointitulando Doutor Vida, ele dá entrevistas, exibe clientes famosos e promove uma grande festa para a sociedade paulistana em comemoração aos 30 anos de reprodução assistida no Brasil.

Casada com Homero (Leonardo Netto), Stela vive um casamento feliz e juntou suas economias para tentar na fertilização artificial a saída para o sonho de ter um filho.

O ano é 1994, quando o casal vai ao consultório de Dr. Roger, e, já no primeiro encontro, acreditam que finalmente vão conseguir aumentar a família. A esperança vira desalento e escuridão quando ela, ainda anestesiada, é violentada pelo médico.

Sem entender bem o que aconteceu, mas ciente da agressão, não consegue contar a ninguém o que viveu. O caos se estabelece em sua vida. Os anos vão se passando e a mudez de Stela luta com sua vontade interna de gritar. Aos poucos, o silêncio vai sufocando tudo ao seu redor: emprego, casamento, família.

A voz de Stela

É que a dor não é só no corpo. Parece que você enlouqueceu. Parece que aquilo não acabou de acontecer. Parece que foi um pesadelo. Mas você sabe que aconteceu. Não poder ser mãe, eu achava que era a pior coisa que poderia acontecer na minha vida. Mas o que aconteceu foi muito pior. Perdi tudo”, conta a professora em depoimento.

Para criar a personagem e suas nuances, Adriana Esteves explica que seu principal material de trabalho foi a empatia. “Uma empatia com as mulheres e uma facilidade de me colocar no lugar daquelas que viveram aquelas situações. Este foi um elenco basicamente feminino, com atrizes fortes e que sabiam muito bem as mulheres que estavam apresentando ali. A presença de um grande ator como o Calloni, para representar este antagonista, também foi uma bela e rica presença no projeto. Além, claro, do grande prazer de contracenar e conhecer Leonardo Netto”, contou a atriz.

É muito interessante, ao mesmo tempo ele consegue ser protagonista e antagonista da história. Através da história do Roger Sadala, a série mostra a batalha e a vitória de um grupo de mulheres que se empoderam e se fortalecem. O foco da série é esse. Através da série as pessoas vão vibrar com as mulheres, odiar o médico e discutir o assunto. A violência contra mulher é uma coisa que não dá mais para suportar”, resume o ator Antonio Calloni.

Assédio é escrita por Maria Camargo com Bianca Ramoneda, Fernando Rebello e Pedro de Barros. A direção artística é de Amora Mautner, direção-geral de Joana Jabace e direção de Guto Botelho. A obra é livremente inspirada no livro A Clínica: A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih, de Vicente Vilardaga.

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