Muito antes de entrar no ar, a novela O Sétimo Guardião chamou a atenção da audiência. A trama prometeu voltar ao clássico realismo fantástico que encantou brasileiros outrora. Quem não se lembra dos sucessos Tieta e Roque Santeiro? Ambas as novelas têm a mão de Aguinaldo Silva, responsável por brigar até o fim para que a história de Serro Azul ganhasse o horário nobre da Globo em 2018.
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Apesar do alto investimento, a trama logo de cara não encantou os telespectadores. Os atores acabaram não entregando aquele patamar de carisma que uma produção desse porte exige. Para piorar a maioria dos personagens são incompreendidos. De novela inovadora, O Sétimo Guardião passou a ser mais uma novelinha com uma história cheia de pontas e mudanças que a transformam em algo menos coeso.
Na reta final, para chamar a atenção dos telespectadores, um velho recurso passou a ser usado: o assassino misterioso. Agora, Serro Azul tem um serial killer que, com uma facilidade invejável, consegue apagar a turma que guarda a fonte. Ele não deixa nenhum vestígio. Críticas à parte, outras produções, algumas com sucessos estrondoso, também tiveram um matador em série.
Desde os anos 90, pelo menos, esse personagem acaba surgindo para mexer com a trama, às vezes, até acabar com personagens chatos. Em O Sétimo Guardião, já foram dois: Machado, interpretado pelo ator Milhem Cortaz, e, na noite desta quinta-feira (11), vai ao ar uma cena em que Feliciano aparecerá morto. E da mesma forma que o anterior.
A sangue frio
Apesar de que ainda é um mistério a identidade do serial killer de O Sétimo Guardião, relembre os principais assassinos em série dos últimos anos nas novelas brasileiras.
Rosana
Rosana não era uma global, mas conseguiu chamar a atenção do público. Interpretada pela atriz Talita Castro, a personagem foi uma grata surpresa da fracassada versão brasileira de Amigas e Rivais, (data) do SBT. A ruiva se destacou mais do que os protagonista, ao começar a matar personagens como a pobre Joaninha (Márcia de Oliveira).
Adma
Se há uma assassina inesquecível, ela é Adma, de Porto dos Milagres (2001). Ambiciosa começou a matar para tirar do seu caminho personagens que pisavam no seu calo. A forma escolhida para as mortes era considerada uma das mais terríveis. A personagem de Cássia Kis Magro envenenava seus personagens com um pozinho que guardava em um anel.
Flora
Essa vilã marcou a geração da década passada depois de uma virada na história de A Favorita (2008). Flora, de Patrícia Pillar, chegou se passando por inocente, depois de ter passado anos na cadeia por assassinato. O objetivo era provar que foi injustiçada e recuperar o amor de sua filha. Mas, ao se revelar a grande vilã, a personagem precisou tirar do seu caminho alguns personagens para seguir com seu plano. Na sua lista de mortes, padeceram mais de 8 personagens, incluindo, Vilma, a cadelinha do protagonista Zé Bob (Carmo Dalla Vecchia).
Escadas e injeções
Adalberto
Esse vilão assassino entrou para a história das novelas. Adalberto, de Cecil Thiré, paralisou o Brasil com seus assassinatos em série em. Desde o primeiro capítulo de A Próxima Vítima (1994), ele matou. O objetivo era se proteger de um outro assassinato, por queima de arquivo. Nem os personagens, nem o público sabiam quem era o serial killer, descoberto com grande comoção no último capítulo da trama.
Nazaré
Uma das vilãs mais lembradas dos últimos tempos, Nazaré, de Senhora do Destino (2004), teve seu caráter exposto para o público desde que apareceu em cena. Para os personagens, ela se passava por boazinha. Depois de roubar o bebê da protagonista, fez de tudo para manter o segredo e impedir que a garota descobrisse a verdade. A personagem de Renata Sorrah matou seus inimigos empurrando-os de uma escada.
Lívia
O público conheceu Lívia em Salve Jorge (2012), depois de Carminha, de Avenida Brasil. Não foi fácil gostar dela. A falta de carisma, nenhum apelo popular e muito deslocada do núcleo central, a personagem de Claudia Raia ralou para ganhar destaque. Isso só ocorreu quando passou a eliminar quem entrasse no seu caminho com uma seringa.
Débora
Débora é uma vilã icônica e muito bem realizada por Ana Lúcia Torre. A personagem era a grande mentora da antagonista Cristina, de Flávia Alessandra, em Alma Gêmea (2005) mas começou a agir diretamente contra os inimigos. Envenenou várias pessoas em Alma Gêmea e se vangloriava por ser tão astuta. Até que, por engano, acabou literalmente provando do próprio veneno e entrou para a história das novelas.
Tesouradas
Sophia
Ruim de doer, Sophia sempre foi muito ambiciosa em O Outro Lado do Paraíso (2017). Tinha sede pelo poder, pelo dinheiro. Para se manter rica, com a exploração de esmeraldas nas terras da protagonista, começou a matar. Assassinou a tesouradas todos aqueles que lhe ameaçaram de alguma forma. O objetivo era manter a pose de nobreza de Palmas. Não adiantou muito porque foi descoberta e punida.
Laureta
De cafetina a assassina, Laureta surpreendeu. O que era para ser uma vilã secundária, acabou se tornando o centro da novela Segundo Sol (2018). A personagem de Adriana Esteves começou a matar seus rivais com uma bolha de ar, injetada na veia por uma seringa. Ela fazia isso com muita frieza e não deixa vestígios.