A propaganda eleitoral gratuita do segundo turno começaram a ser veiculadas na televisão na última sexta-feira (12). Bolsonaro (PSL) e Haddad (PT) candidatos que disputam as eleições presidenciais, apareceram combativos tal qual tem ocorrido desde o começo da corrida por votos.
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Entretanto, um fator chamou a atenção nos materiais de cada presidenciável. Trata-se da quantidade de tempo destinada aos ataques aos rivais diretos.
Ou seja, assuntos que destacam pontos negativos das propostas dos partidos ou das posturas dos candidatos adversários.
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De acordo com o colunista Maurício Stycer, do portal UOL, é utilizado aproximadamente 35% do tempo total do programa eleitoral dos dois concorrentes. Essa foi a estimativa retirada logo após o primeiro dia de exibição na TV.
A primeira propaganda de Jair Bolsonaro, por exemplo, segundo Stycer, teve pelo menos 40% destinada a ataques aos governos de esquerda. O tom adotado foi de alarmar a população pelo que ocorreria caso seu rival, Haddad, ganhasse as eleições.
“A semente de doutrinação e domínio político foi plantada em nossa pátria”, foi uma das frases proferidas pelo narrador da campanha televisiva de Bolsonaro. Ainda nesse take, o Brasil foi comparado a outros países como Cuba e Venezuela, informando que o país está “à beira de um abismo”.
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Horário de Haddad focou em atos de violência
Quanto ao programa de estreia de Fernando Haddad, também houve manifestações de ataque. A proposta empregada pela equipe do candidato foi de exaltar episódios de violência cometidos por eleitores ou apoiadores de seu opositor do PSL.
“Uma onda de violência tomou conta do Brasil” – foi uma das declarações narradas na propaganda, seguida da exibição de casos diversos espalhados pelo país.
Citou, por exemplo, o caso da morte de Moa do Catendê, na Bahia. Além disso, mostrou cenas nas quais um candidato a deputado pelo mesmo partido de Bolsonaro rasga uma placa em homenagem a Marielle Franco.
Segundo o colunista do UOL, a propaganda de Haddad foi elaborada com 30% do total voltada para apontar os lados negativos do oponente.