Antes mesmo de estrear na tela da Globo, a série “Assédio”, muito aguardada, chegou ao Globoplay, plataforma de streaming da emissora carioca.
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Escrita por Maria Camargo e com a direção artística de Amora Mautner, a atração surpreende pela qualidade em inúmeros quesitos. Segundo Patrícia Kogut, do jornal o Globo, o seriado apresenta um roteiro ambicioso, sem seguir fórmulas batidas.
Outro ponto positivo da trama é o texto contundente atrelado a ótimas atuações. Entre elas está a de Antonio Calloni, que encarna o médico Roger Sadala, personagem central e antagônico da série.
Ao todo, a produção tem dez episódios, cada um com com um nome de mulher, por exemplo, Vera e Eugênia. Os enredos que se desenrolam de maneira avulsa abordam a busca de mulheres pelo especialista em fertilização Roger Sadala para se tornarem mães.
Há diversas cronologias: antes do tratamento; quando elas estão anestesiadas; a violação das personagens; os momentos em que elas dão os depoimentos. Amarrando tudo isso há a história da vida pessoal do médico, que tem esposa e filha.
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Assédio é inspirada em livro sobre Abdelmassih
A série Assédio possui personagens fictícios, mas é toda inspirada nos crimes cometidos pelo ex-médico Roger Abdelmassih.
Ele foi condenado a 278 anos de prisão, apesar de atualmente estar cumprindo a pena em casa. Abdelmassih foi acusado de estuprar 39 pacientes, que foram ao seu consultório em busca de fertilidade.
Em entrevista à Folha, Crystiane Cardoso de Souza, uma das vítimas de Abdelmassih, ressalta a importância que a série representa atualmente. ” A sociedade vai conhecer os preconceitos aos quais as vítimas foram submetidas. O medo explica o silêncio de muitas”, disse.
Ela também opinou sobre a reação que o ex-médico teria ao assistir à produção global: “Abdelmassih vai assistir a essa série e vai dar risada por que ele é um dissimulado”.