A apresentadora da Globo News Aline Midlej respondeu, nesta sexta-feira (4), uma publicação que havia feito uma análise sobre o caminho editorial de uma entrevista realizada por ela, durante o Edição das 10h. Midlej entrevistou um dos líderes do Corpo de Bombeiros, que trabalhava na busca de vítimas do prédio que desabou após um incêndio no centro de São Paulo.
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O vídeo, que está na web, mostra o bombeiro respondendo à jornalista sobre a preocupação em encontrar as vítimas da tragédia, que moravam no local. “Nós não estamos preocupados se era invadido, que paga-se aluguel. Isso não é um problema do Corpo de Bombeiros. O problema do Corpo de Bombeiros é em relação à segurança contra incêndio, em relação às pessoas que estavam lá dentro e que estão em outros prédios também”, disse em um vídeo publicado no Facebook.
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Aline, por sua vez, não gostou nada da análise do site Fórum, que comprou as informações do vídeo. Ela explicou à publicação que fez seu trabalho de jornalista, ao perguntar. O bombeiro não respondeu àquela pergunta, diferentemente do que mostra a sequência espalhada na internet.
“(…) Dizer que criminalizei os movimentos por moradia é mentiroso. (…) O Capitão Palumbo optou por não responder ao questionamento, mas fiz a tarefa básica do Jornalismo: perguntar. Além disso, o tom machista da nota fica evidente no título. Não sou “menina” da Globo News, nunca me identifiquei assim e minha carreira sempre foi ancorada na temática social”, disse.
Confira a nota na íntegra.
“Fiquei muito surpresa com esse texto, por vários motivos. Estranho que uma publicação com espaço para as causas feministas e de tantas minorias, ataque uma jornalista com um texto não assinado e um vídeo que não reflete a verdade factual: foi editado com a clara intenção de me expor. A entrevista completa dá conta de todas as questões relacionadas às vítimas. A minha pergunta sobre uma vistoria que atestou a insegurança no edifício que ruiu em nada culpabiliza os moradores, que nem foram citados. Dizer que criminalizei os movimentos de moradia é mentiroso. A vistoria foi feita e incluída num inquérito que, se tivesse sido levado adiante, poderia ter evitado a tragédia. As autoridades não devem ser cobradas se foram omissas? O Capitão Palumbo optou por não responder ao questionamento, mas fiz a tarefa básica do Jornalismo: perguntar. Além disso, o tom machista da nota fica evidente no título. Não sou “menina” da Globo News, nunca me identifiquei assim e minha carreira sempre foi ancorada na temática social.”
Assista ao vídeo.