Record é condenada por confundir homem com atropelador de ciclistas no Rio Grande do Sul

Publicado em 07/02/2018

A Record foi condenada e vai ter que pagar cerca de R$ 10 mil para um homem que foi confundido com um atropelador de ciclistas em jornais locais do Rio Grande do Sul e telejornais nacionais.

A condenação foi feita pela 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que confirmou uma decisão feita em primeira instância da 10ª Vara Civil do Foro Central de Porto Alegre.

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Em fevereiro de 2011, a Record divulgou em programas como Balanço Geral, Domingo Espetacular e Rio Grande no Ar, a imagem de um homem que teria atropelado pessoas em Porto Alegre.

O autor da ação foi confundido com Ricardo Neis, denunciado pelo Ministério Público após, num acesso de fúria, atropelar e ferir ciclistas. Além disso, em 2015, a Record voltou ao caso e mostrou o dia a dia do homem na TV, o que lhe causou vários transtornos.

Vendo o que sofria, o autor entrou com o processo contra a Record. Nos autos, o homem acusa a emissora de praticar sensacionalismo. Em sua defesa, a emissora diz que “a reportagem teve como foco o verdadeiro acusado, sem qualquer sensacionalismo”.

No despacho da decisão, o desembargador Luís Augusto Coelho Braga, aumentou o valor da indenização para R$ 10 mil – a primeira indenização era de apenas R$ 5 mil. Segundo ele, a repercussão do caso e o constrangimento sofrido são os motivos.

O caso ainda cabe recurso para a Record em esferas maiores da Justiça Brasileira.

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