Ceará diz que lamenta fim do Pânico por produtores, mas afirma que já previa fim em 2014

Publicado em 16/11/2017

Um dos humoristas mais populares de sua geração e membro do Pânico por quase 18 anos, contando tempo de rádio e TV, Wellington Muniz, o Ceará, falou sobre o fim da atração na Band em dezembro.

Em entrevista para o programa The Bate Boca, apresentado por Léo Dias e Bruno Chateubriand na rádio Mix do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15), Ceará fez revelações surpreendentes sobre sua relação com o programa.

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Wellington comentou que recebeu uma proposta para ficar na RedeTV! em 2012, quando o humorístico foi para a Band. Mesmo já se sentindo esquecido no programa, ele foi junto com a equipe por gratidão.

“Quando o Pânico saiu da RedeTV!, em 2012, o Marcelo de Carvalho me ofereceu um programa solo para aquele horário dos domingos. Mas eu não aceitei porque eu tinha gratidão pelo Pânico. E olha que eu já estava sendo esquecido em 2010, 2011… Fui pra Band por gratidão ao programa”, comentou.

Ceará também frisou que nunca teve depressão por nada, mas que estava tão infeliz que temeu entrar se não saísse da atração. “Eu estava infeliz. Se eu tivesse continuado, esquecido, de figurado, eu teria entrado talvez em depressão”, disse.

Ainda falando sobre sua saída, ele falou que o programa foi importante e que é muito grato ao Pânico por tudo, mas que os donos da marca precisam reconhecer o contrário, que os integrantes, que chegaram a trabalhar de graça no início, precisam ser reconhecidos.

“Você tem que engolir muito sapo. Eles me lançaram. Eles foram importantes pra mim, mas eu tenho certeza que fui importante para criar o Pânico na televisão. Eles precisam ser gratos a mim, ao Vesgo, a Sabrina, ao Carioca, ao Bola, pra essa galera que deu a cara e trabalhou de graça alguns meses pra o negócio acontecer”, comentou.

Ceará disse que lamenta muito o fim do programa em 2017, principalmente pelos produtores e o pessoal por trás das câmeras da atração, que podem ter problemas para terem emprego futuramente. Ele explicou também que já previa o fim do programa em 2014, caso alguns cuidados não fossem tomados pela direção.

“E eu disse uma coisa: eu já previa que ia acabar o Pânico. Eu sempre falei que tive uma discussão com o Alan Rapp, diretor, em 2014. Disse que os donos do Pânico são Tutinha e Emílio. Se não cuidassem bem da galera que fez o Pânico, vai acabar, porque todo mundo vai sair. Saiu a Sabrina, o Edu, o Gui, e foi desintegrando. A gente tem a gratidão, mas temos família. E eu tenho pena dos profissionais que estão lá. Artista nem tanto, porque consegue fazer seu shows, merchan na internet. Mas o cara da produção, que comprou um carro, uma casa e dividiu, não vai se dar tão bem. Lamento mesmo o fim, por causa dessas pessoas”, disse.

Por fim, Wellington não queria que a atração acabasse, pois para ele ainda tem lenha para queimar. Ele deu algumas sugestões, como encurtamento do tempo – hoje o Pânico tem 3 horas de duração – e um novo horário.

“Tem muita lenha pra queimar. Mas tem que mudar. O DNA do Pânico é panicat, é imitação, desconstruímos o glamour da TV, mas tem muita coisa pra queimar. Acho que tem que ser mais curto, achar um novo horário…”, concluiu.

Veja a entrevista na íntegra:

 

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