“Barraqueira era elogio”, diz Márcia Goldschmidt sobre início de carreira na televisão

Publicado em 17/11/2017

Uma das apresentadoras populares mais reconhecidas da televisão, Márcia Goldschmidt foi a convidada desta quinta-feira (16) do talk show The Noite, de Danilo Gentili no SBT.

Durante a entrevista, Márcia falou sobre tudo, principalmente sobre o início de sua carreira na emissora de Silvio Santos, onde comandou o programa que levava seu nome, e que tinha o formado baseado no The Ricki Lake Show, sucesso nos EUA nos anos 90.

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Márcia disse que, mesmo morando em Portugal atualmente, as pessoas continuam lhe contando histórias: “Não me pedem conselhos, mas me contam histórias. Algumas vezes, eu estou com minha filha num consultório, e as pessoas começam a falar. Eu tenho esse imã”.

Sobre voltar para a televisão e voltar para o Brasil, Márcia diz que sente falta das pessoas, mas não sabe se sente falta da correria do dia a dia da televisão brasileira.

“Eu sinto falta das pessoas, dos meus amigos, dos meu produtores… Eu não sei ainda se tenho saudade da televisão. Eu gosto da TV, estou vendo essas pessoas, a plateia e tudo, agora aquela rotina que você sabe como é, a briga pela audiência, é um trabalho árduo…”, comentou.

Márcia deu detalhes de como chegou na TV, dizendo que passar por um concurso de 700 candidatas foi algo impressionante para sua vivência.

“Eu fiz um concurso. O SBT tava procurando uma apresentadora para um formato americano. Eles colocaram um anúncio de jornal, procurando a Ricki Lake brasileira. Minha secretária mandou uma fita e dias depois eu recebi uma ligação do SBT. Um dia, vim e tinha 700 candidatas. E fui a escolhida”, explicou.

A apresentadora também comentou que o grande diferencial para conseguir sua vaga no SBT foi acalmar a plateia do Programa Livre, apresentado por Serginho Groisman, que em um dia, passou mal.

“Foi muito louco, mas tinha que ser, porque era lidar com as emoções. Eu estava com o americano que escolheria a vencedora e o Serginho Groisman teve um problema e não pode gravar. Ele me pediu: ‘Entra lá e acalma essa galera’. E eu entrei. Eu não tive tempo de pensar se era teste. Os americanos não te deixam pensar”, afirmou.

Márcia rechaçou as ideias de que o seu programa era armado e que ela era proibida de entrar na sala de produção da atração no SBT para a preservação do fator surpresa no palco.

“O programa era super verdade. Quem fala que era armado fala uma grande bobagem. Eu era proibida de entrar na produção. Era para me pegarem de surpresa. O segredo do programa era esse impacto, e eu tinha que reagir. Tinha um pré-roteiro, mas tinha que ser tudo natural”, disse.

Por fim, Márcia disse que se tornou um alvo fácil e que ela pagou um preço pelas inovações que trouxe na época.

“Só criticavam. Paguei um preço da novidade, da inovação… Até então, o público veio para o palco. Era o povo. O povo era estrela. Foi um terror. Eu sofri muito. Barraqueira era elogio. Criticaram porque era uma TV politicamente correta. Começaram a dizer que o programa mostrava a vida de algo que não era”, concluiu.

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