Datena fala sobre Xuxa: “Ela não me decepcionou como comunicadora, mas como ser humano.”

Publicado em 01/10/2017

No programa Brasil Urgente do último sábado (30), o apresentador Joel Datena, filho do apresentador José Luiz Datena comentou o caso de uma criança de 10 anos que dirigiu um carro enquanto fazia um vídeo do ato, e disse que caso fosse filho dele, o garoto merecia apanhar.

Xuxa Meneghel através do seu Instagram publicou uma crítica às palavras dele: “Mudando de canal vi essa pessoa falando de uma criança de 10 anos que pegou um carro e saiu gravando isso. Até aí ‘ok’ a indignação do apresentador… mas dizer q se fosse filho dele, ele iria bater, e que seria melhor ele bater que a policia … aeee não né? Dizer que ‘a lei menino Bernardo não vale pra ele’. Então, meu Senhor, a lei serve para TODOS. Violência gera violência, e falta de informação no seu caso é imperdoável. Como uma pessoa que deveria passar informação é tão desinformada? Uma criança não deve ser corrigida com porrada, é fato, é lei”

José Luiz Datena, saiu em defesa do filho em vídeo publicado nas redes sociais e criticou o posicionamento de Xuxa. Em depoimento para o site NaTelinha, o veterano apresentador da Band explicou o ocorrido. Confira abaixo na íntegra:

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“O que essa moça falou… O que a Xuxa falou naturalmente é o que eu espero dela. Agora, que uma coisa fique bem clara: eu sou um dos maiores defensores da mulher no Brasil. Todos os dias, e não é de hoje, há muitos anos, eu sou contra covardes que atacam, atormentam, estupram, assassinam mulheres brasileiras. A única colocação que eu fiz não foi contra gênero, independente se é homem ou mulher. O que eu ataquei foi uma expressão, que pode ser de um homem ou de uma mulher. Por acaso foi de uma mulher imbecil como essa mulher é na minha concepção. Assim como há homens imbecis pelo mundo afora.”

“E outra coisa, eu não preciso muito defender o meu filho, porque ele teve a educação necessária para responder a ela com educação. E em nenhum momento eu defendo espancar pra você educar filhos. Meus filhos, quando apanharam, foram muito mais da mãe do que de mim. Eu nunca precisei erguer a mão aos meus filhos para dizer quais são os limites.Essa moça, por estar numa decadência absoluta, confundiu as coisas. Agora, repito: eu nunca ataquei gênero, eu ataquei expressão. Por um acaso ela é imbecil de defender isso de gênero. Como eu já ataquei 98% de homens imbecis. É isso!”

“E eu não preciso defender meu filho. Ele tem 40 anos de idade e é capaz de se defender. A única coisa que quero que fique bem clara: eu não ataquei gênero, porque se for comparar o que eu defendo as mulheres brasileiras contra agressões, assassinato, estupros, bem como agressão dentro de ônibus… Eu faço isso todo dia! Todo dia! Não foi um ataque contra gênero, mas contra uma expressão imbecil que por acaso partiu de uma pessoa que é do sexo feminino. Se for comparar o meu histórico em defesa da mulher brasileira com essa moça, me parece que ela leva uma ligeira desvantagem. Essa declaração que estou dando, pra mim é uma pedra que tá colocada em cima da questão. Meu filho tem condição de se defender… Eu defendi porque é meu filho, mas defenderia qualquer outra pessoa também.”

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“Essa moça se expressou de uma forma deselegante. ‘Uma pessoa’. Uma pessoa? Como uma pessoa? Todo cidadão, independente de quem seja, filho do Datena, rico, pobre, é cidadão! Ela se referiu a um cidadão como uma pessoa qualquer, sem identidade. Eu sempre tive a Xuxa como uma boa pessoa, uma pessoa que lutou a vida inteira para fazer um trabalho que ela achou que era legal. Ela não me decepcionou como comunicadora, mas como ser humano. É isso. Ela comunicadora pode ser muito boa, legal, bacana… Ela foi ídolo dos meus filhos, sempre foi. Agora eu passo a me contestar se essa idolatria era uma coisa legal ou não.”

“Infelizmente, eu fico muito triste com isso. Agora, as pessoas que falam todo dia, são propensas a cometer erros. Mas ela agrediu primeiro um cidadão brasileira tratando como uma pessoa qualquer. E isso as autoridades brasileiras fazem com uma facilidade também. Tratar as pessoas como estatísticas. Mas não! Nós temos CPF, RG e o principal ponto da cidadania, que é constitucional, pra você ser cidadão: eu moro na rua tal, número tal. E essa pessoa que ela se referiu ela tem pai, tem mãe, ela paga impostos, ela trabalha.
Ela se referiu ao Joel como se fosse uma pessoa qualquer. Não! Todo cidadão brasileiro, independente de ir e ser, apresentador, filho de alguém, pai de alguém… Ela tem identidade! Minha decepção com a Xuxa, senão qualquer outra coisa, é de uma pessoa que meus filhos assistiram e que de repente eu acho que não vale a pena que eles tenham assistido. Se ela é o que ela se mostrou, me sinto decepcionado. Muito mais decepcionado que raivoso.”

“E basta ver o histórico que eu tenho todos os dias na televisão brasileira. De novo: eu não ataquei gênero, eu ataquei expressão, e ataquei de uma forma de respeito para com o ser humano, sendo meu filho ou não. Eu aceito qualquer crítica a meu respeito, absolvo as críticas. São críticas mesmo… Todos nós que somos pessoas públicas estamos sujeitos a isso. Mas eu achei um mal momento dessa cidadã, que eu realmente posso até mudar meu conceito a partir do que ela falou. Mas espero que ela seja feliz e siga a vida dela. Eu não gostei do que ela falou. E como meu papel de pai fiz meu dever. Mais do que dever de pai, eu acho que não deve ser atacado. Eu não estou atacando mulher, defendo mulher todos os dias. São bem poucas pessoas que defender mulheres da forma como eu defendo. Defendo ataques contra homossexuais, travestis, contra qualquer tipo de coisa que seja preconceituosa a gênero. Foi um ataque a uma forma ruim de se expressar que eu não achei legal. Não é legal porque o Joel é um baita cara muito melhor que eu. Não gostei!”

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