Educação brasileira ocupa 60º lugar no ranking mundial

Publicado em 26/09/2016

O Brasil se encontra na 60º posição em um ranking mundial que avalia o nível de educação de dezenas de países ao redor do planeta. Em 2015, foi divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a lista de países analisados. Ao todo, 76 países participaram da pesquisa – o equivalente a um terço dos países do planeta – e as avaliações foram feitas com base no desempenho de alunos com idade média de 15 anos em testes de Matemática e Ciências. Apesar da piora no ranking, a organização afirma que o Brasil tem condições de crescer economicamente e conseguir promover a educação básica para suas crianças e adolescentes. O Brasil também revela melhoras em sua performance em comparação com a última década. Um dos grandes problemas do Brasil, segundo esse mesmo relatório, é o fato de muitas crianças entre 7 e 14 anos de idade começarem a estudar, mas não terminarem o ano letivo. Muitas dessas crianças vêm de famílias desestruturadas e de regiões sem grandes investimentos na educação.

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Problemáticas do ensino público

Em geral, essas crianças abandonam as escolas também pelo fato de o currículo escolar não ser muito atrativo, além de muitas precisarem trabalhar ou terem dificuldade para encontrar vagas. Outro problema que contribui para esse cenário: muitas disciplinas são ensinadas por professores que não possuem a devida formação e isso acaba prejudicando tanto a qualidade do ensino como também o próprio interesse e desempenho dos alunos. A falta de infraestrutura básica em cidades mais remotas do país também não contribui para a qualidade nos padrões do ensino público.

O Brasil aparece no ranking com um dos piores desempenhos na educação, ao lado de países como o Irã (51º), o Chile (48º), o Uruguai (55º) e muitos outros que enfrentaram guerras e têm uma economia fraca e instável em comparação com a brasileira. Outros três países da América do Sul também estão entre os 15 piores do mundo: Colômbia (62º), Argentina (67º) e Peru (71º). O Ministério da Educação (MEC) se retratou dizendo que vai tomar as devidas medidas para tentar melhorar o desempenho nacional da educação. Após a obtenção dos resultados, líderes do mundo todo traçaram metas para tentar acelerar o nível da educação básica nos próximos 15 anos.

Os objetivos são fornecer ensino primário para todos os indivíduos, meta que em 2016 ainda não foi plenamente alcançada. O relatório do OCDE ressalta ainda que a tarefa para os governos é auxiliar os cidadãos a desenvolver-se, de modo que em 2030 todos tenham conhecimentos e habilidades suficientes para garantir educação, emprego e qualidade de vida. As cinco melhores posições ficaram para Hong Kong, Cingapura, Japão, Taiwan e Coreia do Sul. De acordo com o diretor da OCDE, Andreas Schleicher, essa é a primeira vez que um ranking que mede a qualidade da educação consegue atingir de fato uma escala global. Segundo ele, essa pesquisa ajuda países pobres e ricos do mundo inteiro a comparar a si mesmos e poder descobrir seus pontos fortes e fracos, investindo na educação básica e podendo se beneficiar com os resultados a longo prazo, que serão convertidos em melhores perspectivas e, principalmente, em ganhos econômicos.

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