Contratado da Globo para fazer Velho Chico, Lucas Veloso avalia como positivo ter sido escalado para a obra nesse momento de sua vida – Shaolin, seu pai, faleceu no início do ano.
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“Na época, foi difícil para mim porque eu ainda estava em processo de criação, mas acho que ele no meu lugar daria uma respirada e continuaria o trabalho, porque tem pelo menos 20 mil pessoas querendo estar no meu lugar e um Brasil inteiro esperando para receber uma dose de alegria. Procurei ficar com o que ele deixou de melhor, esquecer que dói a ida dele, mas pegar essa parcela boa de alegria e levar para a frente, usar como gás. Sinto ele perto sempre, e alma de artista não morre nunca”, falou ele ao UOL.
O ator comparou a carreira a do falecido humorista: “Meu começo está sendo um pouco parecido com o dele, o primeiro contrato televisivo foi na Globo também, no ‘Domingão do Faustão’. Ficou muito feliz, muito contente de saber disso e me ajudava, eu lia o texto perto e ele me dava uns toques de como eu interpretava, porque nesse quesito, alegria, ele tem doutorado. Sempre buscava o auxílio dele para poder melhorar mais, e a opinião dele e da minha mãe sempre pesaram muito”.
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Veloso afirmou ainda que não usou o nome de Shaolin para conseguir o papel: “O Bruno e a Edmara [Barbosa, autores de “Velho Chico”] me deram um presente maravilhoso, capítulos que me dão margem para brincar muito. E o Luiz Fernando deixou claro para todos nós, atores, que somos coautores da novela. Ele quer atores que criem também. Quando pego um texto e vejo que está engraçado, eles permitem que eu amplie para que eu possa colocar mais graça. Já soube que essa liberdade não é em qualquer canto da casa que a gente tem. É um privilégio, graças a Deus”.