Conexão Repórter investiga a vida dos atores e atrizes pornô

Publicado em 07/11/2015

O Conexão Repórter deste domingo (08) exibe o documentário exclusivo A Miragem. Roberto Cabrini investiga a realidade de atores e atrizes do mercado pornográfico. À primeira vista, eles são considerados seres privilegiados, mas suas vidas contam também com um lado sombrio e implacável: a discriminação e o isolamento social. Neste meio, um assunto considerado proibido e que leva a um só destino: a depressão profunda e a autodestruição.

Roberto Cabrini mostra a história de Dino Miranda, 49 anos. No currículo, 3 mil filmes gravados no Brasil e no exterior. “Tinham mulheres que eu falava: “você vai me pagar para eu transar com ela? Não é possível, tem alguma coisa errada””, conta. Até o dia em que o conto de fadas ruiu. “Eu sinto o preconceito na pele, eu sou uma pessoa sozinha, porque ou eu namoro uma garota de programa, ou eu namoro uma ex-atriz, ou uma atriz pornô ou eu fico sozinho. E eu quero casar, constituir família”, confidencia Dino. A mesma sociedade que consome secretamente seus produtos acaba decretando a eles a segregação. “A verdade é que a depressão existe e convive todos os dias conosco, principalmente quando a gente vai para casa e estamos sozinhos. E também quando alguns deixam de usar as drogas para poder espantá-la. Eu desafio qualquer ator pornô que diga que não sofre disso. Todos sofrem de depressão”, revela.

O programa mostra ainda a trajetória de Márcia Vieira, mais conhecida como Darlene. Há dez anos, ela sustenta a família como atriz pornô e garota de programa. Hoje, aos 40 anos, diz que está difícil suportar a depressão. “As pessoas discriminam. Se você arruma emprego, sempre tem alguém que fala: “Ah, ela é a Darlene”. Aí acabo perdendo.”. “É um dinheiro maldito, que não vem fácil, mas vem rápido. Nas vezes que você está no desespero, ele aparece, mas é um dinheiro maldito”, desabafa Darlene.

Cabrini entrevista ainda uma garota que está entrando nesse mercado, uma jovem de 21 anos, considerada a nova revelação do mercado pornográfico brasileiro. Britney, como é conhecida, fez fama também por mandar vídeos sensuais amadores para grupos de WhatsApp. “Todo mundo tem um objetivo quando entra nesse meio: ou a pessoa quer ganhar dinheiro ou a pessoa quer fama. Eu entrei porque eu queria ser reconhecida pelas pessoas, admirada, e eu achava bonito”, define.

E mais: a história de uma atriz pornô, vaidosa ao extremo, que buscava a perfeição a qualquer preço e viu sua obsessão acabar em morte. “Esse papo que as pessoas falam que é trabalho fácil, não é fácil, não. Pode ser rápido para ganhar dinheiro, mas tem um preço muito alto”, conta o viúvo da atriz.

O Conexão Repórter vai ao ar neste domingo, 0h, logo após o Programa Silvio Santos.

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