Teste de Fidelidade era uma farsa; atriz revela detalhes do programa

Publicado em 29/10/2015

O Teste de Fidelidade, que teve sua última edição exibida pela Rede TV! em maio de 2015, é daqueles programas que todos sabem que não é real, pelo excesso de bizarices, porém nunca ninguém teve a confirmação  de que o programa de fato não fosse real. Todas as vezes que denúncias foram feitas, a produção negou que houvesse alguma armação.

Armação -> Figurante participa do quadro Você Tem Um Minuto? do programa Eliana

Uma atriz que participou de um dos programas revelou com exclusividade para o Observatório da Televisão como  são os bastidores da atração e revela: ”O programa não é real”.

A atriz foi um das mulheres traídas no Teste de Fidelidade, é figura constante em programas de televisão, já participou de vários outros programas na  TV. Ela contou que chegou até o programa por intermédio de um produtor externo que presta serviços para o  programa. O produtor a convidou para participar, o cachê pago foi no valor de R$100,00 que é pago no término da gravação. Já o produtor que presta serviços para emissora recebeu o valor de R$50,00 por ter indicado a atriz para produção.
Depois que ela aceitou participar do programa, uma produtora entrou em contato, via telefone, confirmando de fato se ela queria mesmo participar. A produtora do Teste de Fidelidade fez uma entrevista rápida para saber um pouco mais sobre a participante, depois pediu a rede social (Facebook), para ver as fotos dela. Confirmou a data e horário  da gravação. Um carro da emissora foi buscar a participante na sua residência.
No dia da gravação, as produtoras orientam como vai ser a gravação,  passam toda a história do suposto casal, como por exemplo, onde se conheceram, há quanto tempo estão juntos e todos os detalhes do casal que são criados pela produção do programa e tudo o que  tem que dizer, as possíveis perguntas que o apresentador poderá fazer e a parte principal, que seria a revelação da traição, que a suposta esposa traída, ao saber da traição  teria que fazer um grande barraco no palco e bater no suposto esposo, porém será separada pelos seguranças do programa. Tudo roteirizado.
O suposto casal, na maioria das vezes, nem se conhecem pessoalmente antes do programa, ficam se conhecendo apenas no dia da gravação, mas existem casos de participantes que são casados  ou namorados na vida real, porém estão lá só por causa do cachê e não para testar o parceiro.
No caso do homem, o procedimento de participação no Teste de Fidelidade é basicamente o mesmo, conta a fonte, porém eles vão gravar em uma casa ou locação que foi escolhida pela produção. A produção passa todas informações para o ator e o que as sedutoras (atrizes) vão dizer para ele e o que ele tem que responder, porém tem liberdade de improvisar, pode falar coisas que não foram combinadas antes, e quando a sedutora ”atacar”, a produção orienta que é para ele aproveitar mesmo e entrar na onda da sedutora, para que aconteça de fato a suposta traição.
As câmeras ficam vísivies e toda equipe de gravação, não existem câmeras escondidas, os participantes são orientados a continuar com a cena até ser interrompido pela produção, já que não existem paradas durante a gravação, só param no final.

O participante tem contato antes com a atriz do Teste de Fidelidade. No dia da gravação os participantes não tem contato antes com João Kléber, apenas quando entram no palco.

A fonte revela que não existem textos para decorar, apenas orientações feitas pela produção. Acrescentou ainda, que nem todos que participam são atores de formação, ou seja, atores profissionais, muitos que participam são contratados, desenvolvem um personagem, mas não têm formação de atores. E os nomes dos participantes são reais.

Para o telespectador mais atento era possível prestar atenção em alguns detalhes que evidenciavam que o programa não era real:

As imagens eram totalmente nítidas, como um programa que tem câmeras escondias consegue fazer imagens perfeitas?

O roteiro era sempre o mesmo, no início do teste João Kléber mostrava sempre um e-mail que supostamente era enviado pela esposa, os e-mails eram sempre com os mesmos textos, só mudavam os nomes do participantes. O apresentador lia os e-mails, que tinham todos textos curtos.

A esposa traída entrava no palco sempre com cara de brava, uma interpretação bem genérica, que não convencia.

João Kléber perguntava para todas esposas traídas se elas gostariam de continuar vendo o teste, as repostas eram sempre sim.

Todos os supostos infiéis entravam com um buquê de flores na mão entregava para participantes que batiam neles com o buquê de flores, as mulheres iam para cima dos participantes para agredí-los, sempre separadas por dois seguranças.

Poderiam ser mais criativos e inventar situações diferentes, todas situações era praticamente idênticas no Teste de Fidelidade.

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