Globo cobra discernimento no visual dos jornalistas

Publicado em 18/02/2014

Cansada de se deparar com a extravagância, principalmente entre as afiliadas, a Globo editou no começo deste último mês de fevereiro o seu manual de normas e flexibilidades para o visual adotado entre os jornalistas, em especial os apresentadores e repórteres de TV. Devido alguns exageros a regra fica ainda mais clara de que os profissionais não devem aparecer mais do que a notícia no vídeo. As exigências proíbem até mesmo alguns looks que até então eram tidos como discretos.

Há 15 anos a exigência era de blazers para mulheres e ternos para homens. De acordo com a coluna de Daniel Castro da Notícias da TV, para deixar os jornalistas mais próximos do visual que o telespectador usa, criando identidade, a emissora passou a adotar trajes menos formais. Homens podem usar camisas sociais e polo, dependendo da ocasião. Mas ocorreram exageros, e a nova norma tenta disciplinar o que pode e o que não pode.

De acordo com as novas regras a correspondente Ilze Scamparini, por exemplo, estaria totalmente fora dos padrões Globo.

Cabelos: devem ser curtos ou médios, no máximo na altura dos ombros. Cabelos compridos chamam muita atenção. Franjas estão proibidas. Deixam a jornalista com cara de adolescente.

Acessórios: brincos, colares, pulseiras e relógios devem ser pequenos, discretos, sem pedras. Proibido usar mais de um anel na mesma mão.

Unhas: Até cinco anos atrás, esmaltes coloridos eram proibidos. Tons beges e vinhos agora são permitidos, mas unhas pretas, azuis, verdes e roxas estão vetadas.

Mangas: estão proibidas as mangas muito curtas, tipo baby look, as bufantes e as muito volumosas. As primeiras não ficam bem para mulheres com braços gordos. As bufantes infantilizam.

Estampas: roupas xadrezes, estampadas e de listras fortemente contrastadas continuam proibidas porque chamam muita atenção e porque podem causar “batimento” no vídeo, gerando uma distorção na imagem.

Brilho: roupas com brilho ou decotadas não podem ser usadas no vídeo. Babados e tecidos que amassam muito, como o linho, também não. Transparências são permitidas, desde que com uma outra roupa por baixo.

Calças: nem pensar em ir para a rua com calças capri (aquelas que batem na canela), muito justas (skinnies), sarouels e leggings. São casuais demais e, no caso das sarouels, no vídeo parecem fraldões. Recomenda-se calças de alfaiataria para os homens. Jeans pode, desde que de corte reto e tradicional. Nada de calças rasgadas ou com lavagens que descolorem o brim.

Tamanho: é proibido usar roupa justa. Jornalistas devem preferir peças mais soltas no corpo, porque marcam menos. Mulheres devem tomar cuidado com malhas e tecidos de elastano, evitando mostrar sutiãs e “pneus”.

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