No dia de combate a discriminação racial, veja personagens que já sofreram este tipo de preconceito

Publicado em 03/07/2017

Nesta segunda-feira (03), é comemorado o Dia de combate a discriminação racial, um problema que enfrentamos desde os tempos do Brasil Colônia. Nosso país é composto por pessoas altamente miscigenadas, e de tamanha pluralidade étnica, não havendo motivos para apontar o dedo para o outro devido a sua etnia, afinal somos todos uma bela mistura.

A telenovela brasileira é vista como reflexo da nossa cultura, nossos costumes e hábitos e o preconceito seja velado ou aberto, infelizmente ainda está inserido nela.

Listamos abaixo personagens que foram vítimas de discriminação racial na ficção:

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Marcello Melo Jr.
Ivan Marcello Melo Jr em Babilônia Divulgação TV Globo

Ivan

Em Babilônia, Ivan (Marcello Melo Jr.) chegou a ser levado por policiais pelo simples fato de ser negro. O professor de Slackline foi confundido com um assaltante, e ficou revoltado pela situação degradante de ser colocado com outros homens para o julgo alheio. Sérgio (Claudio Lins) que acompanhou a situação de longe, foi até a delegacia e sabendo da inocência do rapaz mentiu, afirmando que estava a seu lado o tempo todo, e quando se afastou para comprar suco, a polícia o abordou.

Reynaldo Gianecchini e Taís Araújo
Paco Reynaldo Giannecchini e Preta Taís Araújo em Da Cor do Pecado Divulgação TV Globo

Preta

Em Da Cor do Pecado, Preta (Taís Araújo) tinha força e garra para lutar contra quem se opusesse ao seu amor por Paco (Reynaldo Gianecchini), devido à cor de sua pele. Chamada de “negrinha” por Bárbara (Giovanna Antonelli) como forma de menosprezo, ela não se deixava abater e tinha orgulho da própria pele mesmo diante da discriminação aberta. O enorme sucesso de Preta levantou questões acerca da personagem: ela representava a mulher negra, inteligente porém desvalorizada, que tinha um filho com um homem branco, e nem sempre é aceita por sua família, fazendo contraponto com Bárbara que também tinha um filho com o mesmo homem, porém recebia uma educação com maiores privilégios.

Evilásio (Lázaro Ramos) e Júlia (Debora Falabella) em Duas Caras (Divulgação/ TV Globo)
Evilásio Lázaro Ramos e Júlia Debora Falabella em Duas Caras Divulgação TV Globo

Evilásio

Outro momento de discriminação racial ocorreu na novela Duas Caras. A personagem Júlia (Debora Falabella), uma jovem cineasta pertencente à alta sociedade se apaixonava por Evilásio (Lázaro Ramos), negro morador da favela da Portelinha, o que gerou revolta em sua família, principalmente em seu pai

Fabrício Boliveira
Péricles Fabrício Boliveira em Nada Será Como Antes Divulgação TV Globo

Péricles

Nada Será Como Antes foi ao ar no final de 2016, e tentava retratar os bastidores da televisão em seu início de operações no Brasil. A série mostrou o drama vivido por Péricles (Fabrício Boliveira), que fazia enorme sucesso no rádio, mas baixa aceitação na TV devido a cor de sua pele. Quando finalmente Péricles foi aceito como protagonista de uma telenovela, o patrocinador exigiu que não houvesse beijo inter-racial entre ele e Verônica (Debora Falabella), gerando revolta na moça.

Ana Hikari e Juan Paiva
Tina Ana Hikari e Anderson Juan Paiva em Malhação Viva a Diferença Reprodução

Anderson

Anderson (Juan Paiva) é negro, e motoboy. O paulistano se apaixonou por Tina (Ana Hikari) em Malhação Viva a Diferença, sendo alvo constante do preconceito da mãe da moça, que não aceita que a filha se aproxime de um homem que não seja japonês, sobretudo, negro. Nas redes sociais, o casal ganhou torcida, inclusive o ship “Tinderson”, mas uma cena exibida no dia 30 de maio chamou a atenção inclusive da polícia militar de São Paulo, que enviou à Globo nota de repúdio. Na história Anderson e Tina foram parados numa blitz, onde o policial que os abordou chamava Anderson o tempo todo de “negão”, desacreditando que Tina fosse realmente sua namorada. Quando Tina repreendeu o policial alertando que o que ele estava fazendo era considerado racismo, o policial ameaçou levar Anderson detido por desacato, caso a moça não se mantivesse calada. 

Esperamos que o Brasil evolua como nação, valorize a história dos negros, ao invés de acreditar na mentira de que é um país majoritariamente branco, afinal, para a teledramaturgia mudar, a vida real precisa caminhar no mesmo compasso.

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