Sexo Frágil: há 15 anos, humorístico ia contra o estereótipo da fragilidade

Publicado em 23/11/2018

Em outubro de 2003, a Rede Globo lançou nas noites de sexta-feira o humorístico Sexo Frágil, com direção-geral de João Falcão. A responsabilidade era grande: prosseguir com o sucesso que Os Normais, de Alexandre Machado e Fernanda Young, fazia no mesmo horário e dia desde 2001. A proposta era tratar da posição destinada ao homem nas relações sociais e o desejo dos personagens, homens na faixa dos 30 anos, de adotarem uma postura mais flexível e sensível. Expor o homem como uma figura frágil, em contraponto à mulher moderna, independente e de crescente afirmação. Assim sendo, uma forma de exaltar a mulher em si. Bem como a sua condição de nem um pouco frágil.

O texto era de Adriana Falcão, André Laurentino, Cláudio Paiva, Flávia Lacerda, Guel Arraes, João Falcão e Marcelo Rubens Paiva. A direção era de João Falcão e Flávia Lacerda, e o programa pertencia ao Núcleo Guel Arraes.

Os personagens centrais e o ponto de partida de Sexo Frágil

O primeiro episódio apresentou os quatro personagens principais do programa ao público a partir de uma situação-limite. A noiva de Fred (Lázaro Ramos) cancela o casamento programado para logo, com tudo arranjado. Além disso, decidiu tornar-se freira. Em virtude disso, o rapaz telefona para os amigos Alex (Bruno Garcia), Edu (Wagner Moura) e Beto (Lúcio Mauro Filho) para avisar que vai suicidar-se.

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Novos personagens femininos em Sexo Frágil

Vilminha (Bruno Garcia) e sua sogra Dona Gertrudes (Lúcio Mauro Filho) em Sexo Frágil (Divulgação/TV Globo)
Vilminha (Bruno Garcia) e sua sogra Dona Gertrudes (Lúcio Mauro Filho) em Sexo Frágil (Divulgação/TV Globo)

Na segunda temporada, em 2004, o programa passou a contar com outros personagens femininos fixos. Além de Vilminha, entraram em cena Priscila (Lázaro), a irmã de Fred; Magali (Wagner), jovem baiana; e Dona Gertrudes (Lúcio), mãe de Beto. Anteriormente, esta última já havia aparecido em alguns episódios.

Também na segunda temporada, Fred e Edu foram morar com Alex, já que sua vida financeira sofreu abalos. No entanto, a bagunça dos dois leva Alex a expulsá-los, e Edu e Fred passam a dividir uma quitinete.

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Curiosidades de Sexo Frágil

Anteriormente, em abril de 2003, o Fantástico exibiu o quadro Homem-objeto. Baseado num espetáculo teatral homônimo, o qual por sua vez partiu da obra de Luis Fernando Verissimo, o quadro deu origem à série.

Inicialmente, Vilminha, a mulher de Beto, era a única personagem feminina fixa do programa. Ainda, a personagem Priscila foi adaptada de um tipo que Lázaro Ramos vivia no teatro havia algum tempo. Posteriormente, ela reapareceu em Mister Brau, série protagonizada por Lázaro e Taís Araújo.

Para compor os ambientes dos apartamentos dos personagens, a equipe de cenografia inspirou-se nas soluções da arquitetura japonesa. Os profissionais da área no Japão abusam da criatividade no aproveitamento de pequenos espaços.

Em dezembro de 2004, Sexo Frágil ainda originou um especial de fim de ano. O Programa Novo trazia Lúcio Filho, Bruno, Lázaro e Wagner interpretando a si mesmos e às voltas com o desenvolvimento de uma nova atração para a TV. No entanto, o processo de criação revela informações jamais pensadas por eles sobre suas vidas. Este especial contou ainda com Lúcio Mauro e Aline Moraes no elenco.

Sexo Frágil foi uma das primeiras atrações do Viva, ainda em 2010, ano da criação do canal.

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