Há 31 anos, Ronald Golias estrelava o humorístico Bronco na Band

Publicado em 28/03/2018

No dia 28 de março de 1987, estreava na Band (na época, Rede Bandeirantes) a comédia Bronco. Estrelada por Ronald Golias, a sitcom trazia de volta o personagem Carlo Bronco Dinossauro, tipo malandro vivido pelo humorista na lendária Família Trapo, da Record. O programa era gravado ao vivo no Teatro Záccaro, e explorava o improviso e o riso solto de seu elenco.

A comédia mostrava Bronco (Golias) dividindo um apartamento com suas duas irmãs, Vesúvia (Nair Bello) e Helena (Renata Fronzi). O imóvel onde viviam era uma herança paterna, e eles viviam entre tapas e beijos. Enquanto o boa-vida Bronco usava sua condição de síndico do prédio para fazer seus trambiques, Vesúvia era dona de uma fábrica de rolhas, e Helena era uma viúva mal-humorada que presidia a Sociedade dos Hipocondríacos.

O cotidiano da família disfuncional era sempre agitado com a presença de Chacal (Anselmo Vasconcelos), melhor amigo de Bronco e seu parceiro em suas armações. O apartamento também era frequentado por outros tipos, como Salomão (Felipe Levy), um judeu que era sempre enganado por Bronco; Carlos Augusto (Laerte Morrone), um ex-rico completamente apaixonado por Helena; Ivan (Walter Breda), zelador do prédio; a caipirinha Julinha (Sandra Annenberg), apaixonada por Bronco; Caio Toulouse (Tácito Rocha), um sujeito depressivo que costumava tentar se matar com as dicas dadas por Bronco; a “exótica” Romeu (Catita Soares), uma neohippie que namorava Bronco; o primo Tony (Tony Angeli); e o nobre Cliqot Quéfen Miquelinos III (Agnaldo Rayol). Havia ainda Mariazinha, a “Siri” (Yara Marques), a empregada do apartamento.

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A sitcom Bronco marcou o retorno de Ronald Golias à TV, da qual estava afastado havia sete anos. Exibida nas noites de sábado da Band, a atração tinha a intenção de resgatar o humor clássico da Família Trapo, programa apresentado pela Record entre 1967 e 1971, e era estrelado por Golias, Otello Zeloni, Jô Soares, Renata Fronzi, Cidinha Campos e Ricardo Corte Real. As tramas da Família Trapo normalmente envolviam as constantes brigas entre Peppino Trapo (Zeloni) e seu cunhado Bronco (Golias), irmão de sua esposa Helena (Renata Fronzi). Como na série Bronco Golias e Renata Fronzi repetiam o parentesco, a série da Band pode ser considerada um spin-off de Família Trapo.

Além de resgatar personagens do programa clássico, Bronco seguia os mesmos moldes do programa anterior, ao centrar toda a ação num apartamento e ser todo gravado num teatro, captando a reação da plateia ao vivo, e dando espaço para risos involuntários e momentos de improviso. O formato, vitorioso, também rendeu outro programa clássico, o Sai de Baixo, exibido pela Globo entre 1996 e 2002, e reprisado atualmente nas tardes de sábado.

Exibido nas noites de sábado, Bronco rendia ótima audiência para a Band, além de divertir a plateia, sobretudo em razão da parceria entre Golias e Nair Bello. Não era raro a atriz cair na gargalhada com as gracinhas de Golias em cena. Destaque também para a presença de Sandra Annenberg, que construía uma carreira de atriz antes de se tornar jornalista e âncora de telejornais. Sandra vivia Julinha, a Gata Cabocla, personagem que aparecia constantemente no primeiro ano do humorístico.

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Bronco ficou no ar por três anos, de março de 1987 a abril de 1990, e chegou ao fim quando Ronald Golias se transferiu para o SBT, inicialmente para participar de A Praça É Nossa e, depois, estrelar seu próprio programa, A Escolinha do Golias. A atração foi reprisada em algumas ocasiões pela Band, como em 1996, quando era exibida diariamente às 14h30, e entre 2007 e 2008, em momentos especiais.

Apesar de ficar mais conhecido a partir de Família Trapo, o personagem Bronco é ainda mais antigo. O tipo surgiu no rádio em 1955, já com as características de gozador, irreverente e preocupado apenas em aproveitar a vida. Depois de Família Trapo, o personagem retornou à TV em 1979, no programa Super Bronco, da Globo. O programa, exibido nas tardes de domingo, teve vida curta. Após o humorístico que levava seu nome na Band, Bronco reapareceu ainda em A Praça É Nossa, onde chegou a ser um dono de bar, e no programa Meu Cunhado, com Moacyr Franco, exibido pelo SBT entre 2004 e 2005.

Bronco tinha textos de Roberto Silveira, Wilson Vaz, Nilson Costa, Zezo, Márcio Barone e Aluízio Castro, com redação final de Carlos Alberto de Nóbrega, e direção-geral de Adriano Stuart.

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Reveja um episódio de Bronco:

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