Há 17 anos estreava O Cravo e a Rosa, estreia de Walcyr Carrasco na Globo

Publicado em 26/06/2017

No dia 26 de junho de 2000, entrava no ar na faixa das 18 horas da Globo a novela O Cravo e a Rosa. Um grande sucesso do horário, a trama marcou a estreia do novelista Walcyr Carrasco na emissora, que assinava a trama em parceria com Mário Teixeira. A trama é inspirada em A Megera Domada, clássico de William Shakespeare.

A trama girava em torno da relação de amor e ódio entre Catarina Batista (Adriana Esteves) e Julião Petrucchio (Eduardo Moscovis), que viviam na São Paulo dos anos 1920. Catarina era conhecida por todos como uma “fera”, que não levava desaforo para casa, e bastante alinhada aos movimentos feministas. Ela não se conformava com o papel da mulher da sociedade e dizia para quem quisesse ouvir que jamais se casaria, pois não queria passar a vida toda lavando a roupa do “seu homem”. Já Petrucchio é um sujeito machista e bronco, que se apaixona por Catarina e fará de tudo para domar esta fera.

Além de encarar as investidas de Petrucchio, Catarina ainda tem que aturar a pressão de sua família para arrumar um casamento. Seu pai, o banqueiro Batista (Luís Melo), quer que a filha se case. Para ele, Catarina, como filha mais velha, deve ser a primeira a se casar.Sua filha mais jovem Bianca (Leandra Leal), quer muito se casar, mas precisa esperar que a irmã mais velha se decida. Por isso, Batista e Bianca tentarão fazer com que Catarina se interesse por Petrucchio, o único homem disposto a domá-la. Quem também apoia o casamento é Cornélio (Ney Latorraca), tio de Petrucchio, que é casado com a fogosa e engraçada Dinorá (Maria Padilha). O que ele nem sonha é que sua mulher tem um caso de anos com o jovem Celso (Murilo Rosa). Enquanto isso, vive às turras com a sogra Josefa (Eva Todor), que o faz de gato e sapato.

Petrucchio vive numa fazenda ao lado de muitos parentes, como Neca (Ana Lucia Torre), Calixto (Pedro Paulo Rangel) e Lindinha (Vanessa Gerbeli) que, apesar de ter sido criada junto com o bronco, é apaixonada por ele. Por isso, fará de tudo para impedir que ele se case com Catarina. Mas ela tem que lidar com a paixão do simples Januário (Taumaturgo Ferreira), que a ama de todo coração. Em meio a tantos acontecimentos, surge Marcela (Drica Moraes), uma ex-noiva de Petrucchio que se casa com Batista, tornando-se madrasta de Catarina e batendo de frente com a moça.

O Cravo e a Rosa foi uma das novelas das seis de maior sucesso da década de 2000, consagrando Walcyr Carrasco no horário. Petrucchio e Catarina caíram nas graças da audiência, e Eduardo Moscovis e Adriana Esteves colheram muitos elogios do público e da crítica pela construção do divertido casal. Comédia romântica, O Cravo e a Rosa acabou dando o tom do horário das seis na década, puxando uma lista de várias tramas leves e de época que acabaram dominando a faixa. Walcyr Carrasco ficou tão em alta na emissora, que acabou retornando ao horário apenas pouco mais de três meses após o fim de O Cravo e a Rosa, assinando A Padroeira. As duas tramas foram separadas apenas por Estrela-Guia, que teve 83 capítulos, ficando no ar entre março e junho de 2001. Walcyr Carrasco estreava na Globo após fazer sucesso na Manchete, com Xica da Silva, e no SBT, onde emplacou tramas como Fascinação.

O Cravo e a Rosa ficou no ar entre junho de 2000 e março de 2001, somando 221 capítulos. Foi escrita por Walcyr Carrasco e Mário Teixeira, com a colaboração de Duca Rachid, dirigida por Amora Mautner, Ivan Zettel e Vicente Barcellos, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e núcleo de Dennis Carvalho. Em seu último capítulo, a novela registrou 43 pontos de média e 48 de pico no Ibope. Teve média final de 30,6 pontos de audiência, um grande sucesso.

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Reveja a cena do casamento de Petrucchio e Catarina em O Cravo e a Rosa:

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