Há seis anos, chegava ao fim a Escolinha do Gugu

Publicado em 15/05/2017

No ano de 2011, o Programa do Gugu, exibido aos domingos pela Record TV, não andava tão bem assim das pernas. A emissora havia tirado Gugu Liberato do SBT a peso de ouro no intuito de se fortalecer aos domingos, mas, na prática, sua audiência nas tardes de domingo não sofreu grandes alterações. Assim, buscando novidades para incrementar o dominical, o canal lançou o quadro Escolinha do Gugu, no dia 15 de maio de 2011, ou seja, há exatos seis anos.

Escolinha do Gugu era praticamente um programa dentro do programa. Com Gugu fazendo as vezes de professor, o quadro resgatava, principalmente, a Escolinha do Barulho, programa humorístico exibido pela própria Record entre 1999 e 2001, e que era produzido pela Câmera 5 e pela GPM, produtora de Gugu. E a Escolinha do Barulho, por sua vez, era uma espécie de, digamos, “releitura” da Escolinha do Professor Raimundo, da Globo, trazendo vários humoristas e personagens que já haviam passado pela sala de aula de Chico Anysio. O elenco da Escolinha do Gugu, assim como da Escolinha do Barulho, mesclava veteranos e novatos.

Entre os personagens veteranos dos bancos escolares, estavam César Macedo (Seu Eugênio), Iram Lima (Cândido Manso), Paulo Cintura (ele mesmo), João Elias (Salim Muxiba), Marcos Plonka (Samuel Blaunstein), Castrinho (Geraldo), Geraldo Magela (Seu Magela) e Orival Pessini (Patropi), todos que também passaram pela Escolinha do Professor Raimundo e Escolinha do Barulho. Trazia também Eliezer Mota (Seu Batista), que não estava no elenco da Escolinha do Barulho, mas era um dos personagens clássicos do programa de Chico Anysio. Além destes, a Escolinha do Gugu resgatou alguns personagens criados na Escolinha do Barulho, mas, aqui, ganharam novos intérpretes, como dona Linda Rosa (Cacau Colucci) e dona Fifi de Assis (Vanessa Zoth). Já Mari Alexandre voltava a dar vida à “loira burra” Marilyn Brasil.

Nos bancos da sala de aula de Gugu, também passaram outros nomes conhecidos como dona Concessa (Cida Mendes, também oriunda da Escolinha do Barulho), Chiquinho (Edilson Oliveira, revivendo o personagem criado para os infantis de Eliana), Scheila Carvalho (que teve duas personagens, a dona Aidá e a dona Lelé), além de Sylvia Design e Geisy Arruda, vivendo elas mesmas. O programa também trouxe alguns “filhotes” de personagens antigos, como Cinturinha (Aldo Freitas), sobrinho de Paulo Cintura, e Sá Silva Junior (Ricky Regis), personagem que lembrava o saudoso Rui Barbosa Sa-Silva, gago divertido e brilhantemente interpretado por José Vasconcelos.

Escolinha do Gugu estreou fazendo barulho e conseguiu levantar a audiência do dominical de Gugu Liberato. Normalmente, era exibida por volta das 18 horas, tentando fisgar a audiência que acabara de assistir ao futebol da Globo. A estratégia deu certo e o quadro estreou registrando 13 pontos no Ibope, garantindo a vice-liderança na audiência. Mais adiante, como o Programa do Gugu tinha dificuldades de levantar os números em seu início, sobretudo em razão da concorrência com o quadro Rola ou Enrola, da Eliana no SBT, a Escolinha passou para a faixa das 16 horas, abrindo a atração de Gugu. Também funcionou e, durante várias semanas, a Escolinha era uma boa alavanca para o Programa do Gugu.

No entanto, a boa audiência não foi o suficiente para que a Escolinha do Gugu tivesse vida longa. Em maio de 2013, a Record não renovou o contrato dos atores do numeroso elenco. A medida se deu em razão da previsão de que a Escolinha já vinha numa curva decrescente de audiência, e, para reduzir os custos do Programa do Gugu, o quadro acabou cancelado. No mês seguinte, o Programa do Gugu chegava ao fim, e Gugu Liberato só retornaria ao ar dois anos depois, com seu atual programa noturno Gugu.

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