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“Completamente obcecada”, diz Michele Batista sobre vilã em Amor Sem Igual

Michele é irmã gêmea da também atriz Gisele Batista

Publicado em 12/12/2019

Uma figura carismática, excêntrica e levemente maldosa promete roubar a cena nos capítulos de Amor Sem Igual, novela que a Record TV estreou na última terça (10) em substituição a Topíssima. Estamos falando de Maria Antônia, a simpática caipirinha que acabará se tornando uma autêntica digital influencer ao longo desta história de Cristianne Fridman.

Se na web ela é especialista em conselhos amorosos, no dia a dia luta para chamar a atenção de Miguel (Rafael Sardão), que só tem olhos para a sexy Poderosa (Day Mesquita). “Maria Antônia não é um mulherão. É uma menina, jovem, apaixonada, que chega a ser um pouco inocente. Quando a Poderosa chega, isso a deixa especialmente instável, porque a Poderosa é uma mulher segura, sensual, confiante. E a Maria começa a buscar dentro dela tudo isso, já que ela não encontrou ainda“, adianta Michele Batista, intérprete da personagem.

Confira a entrevista completa com a atriz.

OBSERVATÓRIO DA TELEVISÃO – A Paolla Oliveira, assim você faz agora, também viveu uma digital influencer em A Dona do Pedaço – e confessou ter ficado incomodada ao ver sua rotina virtual se confundir com a da própria Vivi Guedes. Você tem essa preocupação?

MICHELE BATISTA – Tenho sim essa preocupação. Mas a minha sorte é que a Maria Antônia é do interior, ela é bem diferente de mim. Acho que vão saber quem sou e quem é ela. [risos] A Maria Antônia está sempre de botina, vestido florida e falando esse ‘erre’ bem caipira. De biquíni, jamais! Isso só a Michele pode estar! [risos]

Você acredita que pode vir a se tornar uma inspiração para outras meninas do interior que, como a Maria Antônia, sonham em se tornar influenciadoras?

Acho que sim. Por que não? Pode ser. Acho que influencers todos somos em alguma medida. E a internet traz essa possibilidade: você pode estar em qualquer lugar do Brasil, no meio do mato, e fazer um grande sucesso, ter um perfil que as pessoas curtam e acompanhem, até por ser diferente, por mostrar algo diferente do que a maioria das pessoas mostram. Eu espero que o público goste do perfil da Maria Antônia.

E a Maria Antônia não faz o perfil ‘gostosona’, né?

Não! Zero! Ela é mais menina, até porque nunca namorou, não tem essa malícia… Ela não é um mulherão. É uma menina, jovem, apaixonada, que chega a ser um pouco inocente. Quando a Poderosa chega, isso a deixa especialmente instável, porque a Poderosa é uma mulher segura, sensual, confiante. E a Maria Antônia começa a buscar dentro dela tudo isso, já que ela não encontrou ainda.

A Michele tem esse perfil sensual e confiante?

A Michele tem quando quer… [risos] Às vezes eu quero, às vezes eu não quero. Mas a Michele tem!

A Maria Antônia vai ser uma conselheira amorosa na internet. Você também tem esse jeito, talvez com as amigas?

Com as amigas eu adoro! Adoro dar um pitaco. Eu e minhas amigas dividimos tudo, é incrível. Eu só não tenho essa coragem de dividir na internet, porque é muita gente. Mas as amigas podem sempre contar comigo.

Na sinopse diz que a Maria Antônia vai apresentar transtorno bipolar. Como você se preparou para interpretar esse lado da personagem?

Li vários livros, desde obras de medicina, explicando fisicamente como a doença funciona, até relatos biográficos de pessoas que lidam com a bipolaridade, explicando como tratam, como cuidam… Vi também há pouco tempo Mother Love, série em que a Anne Hathaway interpreta uma garota bipolar. Mas eu tenho pessoas bipolares na família há muitos anos. Tive essa convivência, assisti a esse quadro a minha infância inteira, e acho que vem daí a minha maior referência. Das pessoas que estão próximas, ao nosso redor – até porque muita gente é bipolar, mas não tem o diagnóstico. A novela vai mostrar que a bipolaridade não é essa coisa impossível [de lidar]. Que dá pra diagnosticar, tratar e levar uma vida normal.

A Maria Antônia é contra o romance do Miguel com a Poderosa. É possível que ela vire uma vilãzinha no decorrer da história?

Ela é a vilã, mas a gente não diz que ela é tão ‘vilã’ porque a gente gosta dela. [risos] Mas a Maria Antônia é, de fato, a rival da Poderosa. Ela é uma pessoa boa, tem uma boa educação… Não acho que seja uma pessoa de má índole, que quer fazer o mal pra Poderosa. Acho que ela é apenas desmedida, egoísta. Quer o dela em primeiro lugar, não importa o que tenha que fazer pra isso – e é aí que eu acho que ela erra.

A Maria Antônia parece ser meio obcecada pelo Miguel. Como você vê esse amor dela por ele?

Ela é totalmente obcecada! Imagina que um cara vai falar pra mim que não gosta de mim, que eu sou como irmã, e eu vou ficar insistindo? Isso tem a ver também com a falta de autoestima, amor próprio. Com os ‘buracos’ mal-resolvidos que ela traz dentro de si. A Maria nutre uma esperança dentro de si de que o Miguel algum dia vai mudar, vai olhá-la como mulher de verdade.

A internet vai ser uma rede de apoio para ela?

Sim. São conselhos amorosos, ela usa muito o Fórum dos Apaixonados, que é um chat que vai existir realmente. As pessoas que assistem à novela vão poder interagir lá e até opinar sobre os casos.

Você também vai interagir com as pessoas por lá?

Eu vou estar junto, mas obviamente não vou poder responder todo mundo. Vamos fazer juntos, eu e a equipe do R7, esse trabalho em cima da rede social, do fórum.

E como é você, Michele, com as suas redes sociais?

Eu sou conectada, eu gosto, gosto de trocar com as pessoas, de postar as coisas. Mas eu tenho o limite da privacidade, também não vou ficar entrando no campo de conselhos amorosos, ou falando se briguei ou deixei de brigar com alguém. Porque aí acho que é uma coisa muito pessoal, do tipo que você divide com os amigos. A internet é muito ampla, eu sei lá que tipo de energia estou atraindo. Além das redes sociais, tenho um canal no YouTube também, com a minha irmã [a também atriz Gisele Batista, gêmea de Michele]. Esse é um espaço muito legal, porque ali podemos fazer tudo o que temos vontade, como produtoras de conteúdo desse projeto.

(entrevista realizada pelo jornalista André Romano)

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