Em Verão 90, personagem de Marcos Veras será dono de um império da moda: “Ele quer crescer cada vez mais”

Publicado em 28/01/2019

Marcos Veras vem se preparando para a estreia de Verão 90, próxima novela das 19 horas, escrita por Izabel de Oliveira e Paula Amaral. Interpretando um surfista e empresário bem sucedido, Álamo é casado com Madá (Fabiana Karla). Dono de uma confecção conceituada, a Top Wave, grife descolada de camisetas que também será patrocinadora da PopTV. Em entrevista ao Observatório da Televisão o ator fala dos desafios do personagem, TV, cinema, teatro e ainda conta sobre a adequação do humor com as novas transformações da sociedade. Confira:

Veja também:  Klebber Toledo fala dos desafios de viver Patrick, baiano apaixonado de Verão 90: “Tem referência de Fagundes em Rainha da Sucata”

Como surgiu o convite para integrar o elenco de Verão 90?

“Foi um convite do Jorge Fernando (diretor). A gente já tinha manifestado essa vontade de trabalhar juntos, amei o trabalho do Jorginho. E era recíproco, ele gostava de mim e perguntou se eu queria fazer uma dupla com a Fabiana Karla. Foi um convite, eu estou muito feliz, o personagem tem uma curva muito legal, é surfista, depois para o surf e vira um empresário poderoso, ele dá uma mudada e fica meio louco.”

Enredo

Como é a história dele?

“O Álamo Sampaio é de uma família rica, porém, a família perdeu tudo. Ele passa a ter uma vida simples junto com a Madá (Fabiana Karla), os dois apaixonados se conheceram na faculdade  morando juntos. Depois de um confisco do governo do Collor, ele começa a se dar bem com a moda. Ele tem uma confecção pequena, que cresce e vira um império da moda. Então, como todo ser humano com poder e dinheiro, ele começa a se transformar. E ai aos dois começam a ter uma relação mais difícil, ela quer continuar na vida simples e ele quer crescer cada vez mais.”

“Adoro fazer novela. É um lugar onde eu gosto de estar”

Ela tem uma fama a PopTV como vidente, né?

“Sim, ela tem umas premonições que começam a dar certo e que começam a acontecer. Umas sim e outras não. Só que ela começa a fazer sucesso na Pop TV, e eu dependo disso também pra ganhar dinheiro. E tem um  momento que ela não vai querer fazer mais isso, e eu faço sucesso com a Pop TV, porque eu viro um patrocinador.”

Você já queria voltar a fazer novela?

“Eu adoro fazer novela, eu venho fazendo. A última que eu fiz tem 1 ano, que foi Pega, Pega. E é algo que eu adoro fazer. Eu sempre me divirto fazendo. É um lugar onde eu gosto de estar. É um elenco que grande parte eu já conheço e sou amigo.”

Convite

Foi algo que você já planejava na televisão ou foi acontecendo?

“Planejar talvez não seja a palavra . Mas quando eu recebi o primeiro convite para fazer Babilônia, em 2015, como eu recebi um convite direto. Eu falei que queria. Mas está tudo ligado, cinema, teatro e novela. É tudo atuação.”

Composição para o personagem

Como foi a sua composição para o personagem? Você teve que fazer aula de surf também?

“Sim, tive que fazer. Fizemos algumas aulas, eu amei, tive até uma certa facilidade de equilíbrio. Eu me apaixonei pelo esporte. É um esporte realmente, renovador. Você sai da água se sentindo poderoso, renovado. Eu adorei fazer e quero continuar fazendo. Eu, Bernardo Marinho, Rafa Vitti, Klebber Toledo, a gente se reúne pra ir surfar.”

Apresentação

E apresentação, você fez um período na Fátima e Os Melhores Anos das Nossas Vidas. É uma coisa que você curtiu, você faria de novo?

“Eu adoro apresentar também. Se eu puder levar minha carreira entre a dramaturgia e a apresentação, pra mim, ai seria ótimo. Eu adoro apresentar, é algo que eu gosto de exercitar. Eu apresento um programa na Rádio Globo também.”

Como é pra você coordenar tudo isso, TV, teatro e cinema? Tem alguma coisa que você prefere focar mais, que, talvez, você considere ser o cabeça da sua carreira?

“Coordenar tudo isso é difícil. Quando você está fazendo novela, é muito difícil você fazer teatro junto.  Agora eu não estou fazendo teatro. O ritmo de gravação é muito grande. Eu prefiro me dedicar a novela e quando não estiver gravando, prefiro descansar. Eu acho que o teatro é a base do ator, eu não deixaria de fazer teatro. Mas eu amo televisão, eu estou me dedicando à televisão há mais de 10 anos. E amo fazer cinema também, que é algo diferente, se comunica com a televisão, cada vez mais. Nosso cinema está sendo cada vez mais bem feito. O grande barato pra mim, é a versatilidade da profissão.”

“O humor sempre vai ter espaço no coração das pessoas e dos brasileiros principalmente”

As pessoas te associam muito a comédia. Você tem vontade de fazer alguma coisa for deste universo cômico?

“Eu amo fazer comédia e tenho maior orgulho de ser reconhecido como comediante. Comédia é algo muito difícil de fazer. Acho comédia muito especial. Vários atores já assumiram que é algo difícil de fazer. E venho tendo a oportunidade de fazer personagens que não são da comédia. Em Pega Pega não era uma comédia, era um policial sério, apaixonado, romântico. Acho que quando o ator faz cada vez mais trabalhos diferentes, ele aumenta o seu cardápio e o público curte, é um presente para o público. O artista que faz muitas coisas, ele vai enriquecendo seu repertório.”

Você acha que este momento para quem faz comédia?

“Eu acho que a patrulha sempre teve, talvez, ela tenha aumentado um pouco mais. Mas o humor, o que não falta no Brasil; e no mundo, é matéria-prima para  se fazer humor. O que eu acho é que o humor se transformou assim como o mundo vem se transformando. O humor sempre acompanha as mudanças sociais. As piadas que a gente fazia antigamente, não dá pra fazer mais, porque o mundo mudou. O humor sempre vai ter espaço no coração das pessoas e dos brasileiros principalmente, que amam o humor.”

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade