“Gigante e atemporal”, Pedro Mariano fala sobre a mãe Elis Regina e do especial de fim de ano da Record, O Fino da Bossa

Publicado em 11/12/2018

Pedro Mariano cresceu observando e sendo observado por grandes nomes da MPB. Filho de uma das maiores cantoras do Brasil, Elis Regina, o cantor de 43 anos terá a companhia de Luciana Mello no comando de um clássico da TV Record, O Fino da Bossa, no ar terça, 11/12, 23h15. Escolhido para ser um especial de fim de ano da emissora, que completa 65 anos em 2018, O Fino da Bossa foi apresentado entre 1965 e 1967 por uma dupla que deixou saudades por onde passou, Elis Regina e Jair Rodrigues. A atração reuniu grandes nomes da nossa cultura.

Cinquenta anos depois, Pedro Mariano encara o desafio de trazer nostalgia aos fãs do gênero e ainda encara um triplo desafio: comandar um programa de TV que já teve sua mãe como protagonista, estrear como apresentador e dividir o palco com uma amiga, Luciana, filha de Jair. Sob a direção de Allê Gonçalves, o programa reúne Elza, Soares, Gilberto Gil, Alcione, Roberta Sá, Iza, Marcos Valle, Fernanda Takai, Jair Oliveira, Projota, Diogo Nogueira, Daniel Jobi, Simoninha e Paula Fernandes, que ao lado de Pedro e Luciana realizam novas versões de clássicos da MPB.

Num bate-papo com o Observatório da Televisão, Pedro, que coleciona CDs e DVDs e realiza shows pelo Brasil e exterior, falou sobre a experiência em frente às câmeras. O artista se diz surpreso com o convite da emissora e muito honrado: “Sempre vi televisão e música andando juntas e de mãos dadas”.

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Confira!

Como reagiu ao convite da Record?

Surpreso e muito feliz! Achei a iniciativa maravilhosa e fiquei honrado em ter sido escolhido para estar, junto com a Luciana, à frente da apresentação.

Durante a apresentação ficou emocionado?

Muito! Os encontros foram mágicos, as trocas, os papos, as histórias, tudo foi muito especial.

Como foi dividir o palco com a Luciana, que além de ser sua amiga é também parte da história da sua família?

Foi o que deixou tudo muito mais fácil. Eu e Lu estávamos nos divertindo muito, como sempre, e espero que as pessoas em casa sintam essa energia! Tê-la ao meu lado deixou tudo mais leve e nem senti a pressão de ter me transformado num apresentador, numa releitura de um programa de tamanha expressividade na história da música.

O Programa

 

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O que o público pode esperar do programa, em especial aqueles que assistiram ao formato original? E o público de agora?

Muita emoção! Todos os artistas se entregaram de corpo e alma imprimindo muita energia. São programas distintos, com o mesmo DNA. Cada um conversando à sua maneira, com sua época. Vai ser inesquecível.

Pedro prefere cantar, compor ou apresentar um programa? Ficou nervoso, ansioso?

Cantar, sem dúvida (risos). Mas foi uma experiência extraordinária, porque a proposta era apresentar o programa como a um show, e disso eu entendo. Acabei ficando bem relaxado e curti cada instante. Muito mérito da direção do Allê Gonçalves, que soube ambientar muito bem toda atmosfera.

 

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Gravações

Quantas horas de ensaio/gravações para chegar ao resultado final?

Acredite se quiser, os trabalhos nos estúdios da Record duraram dois dias: um de ensaio e um de gravação. Além de um dia fora para ensaiar a banda. Quando se tem profissionais competentes e focados no processo, tudo flui maravilhosamente.

Faltam programas como esse na TV?

Já temos este! O que é incrível, e tomara que tenhamos mais! O que não falta é espaço e audiência. Sempre vi televisão e música andando juntas e de mãos dadas.

É saudosista?

Não, é muita energia gasta.

Ver a obra da sua mãe sendo prestigiada pelos mais variados públicos te emociona? O que sente?

Me emociona muito, mas não me surpreende. Ela faz parte daquele time de artistas atemporais. Elis se surgisse em qualquer época, anterior ou futura, seria gigante como foi e ainda é. É inacreditável.

Como analisa o cenário musical hoje e naquela época?

Muita coisa mudou, sobretudo a relação dos atores envolvidos em todos os processos do mercado da música. Naquela época, a TV e o rádio eram os únicos meios para um artista surgir e se manter vivo para o grande público, mas tudo era mais lento, mais cadenciado. Aquele romantismo, quase lúdico se foi, dando lugar ao profissionalismo agressivo de um mercado extremamente disputado. Muitas mídias surgiram para dar escape a toda a produção cultural. Hoje a dependência das mídias de massa não são as principais responsáveis pela projeção de um artista, que pode surgir num gueto e se consolidar, sem que boa parte da sociedade saiba de sua existência.

O que passa na sua TV?

Não sei se sou o cara mais televisivo do momento… vejo muitos documentários em TV fechada, além de muitos filmes. Da TV aberta, vejo o jornalismo.

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