O Tá no Ar está chegando em sua sexta temporada na grade da Rede Globo em 2019. Em entrevista ao Observatório da Televisão, a atriz e humorista Renata Gaspar faz um balanço sobre esses quase 5 anos de programa e, é claro, sobre o seu fim. Renata ainda fala sobre os projetos futuros. Confira:
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O Tá no Ar está em sua última temporada. Como está a sua expectativa?
É muito emocionante, o Tá no Ar acompanhou muito a nossa trajetória aqui dentro da Globo. São 4 anos e 6 temporadas, a gente formou uma família gigante. A gente se ama muito e se fala todos os dias, nos encontramos sempre, tivemos todos os episódios juntos. Vai ser estranho quando isso acabar, mas, ao mesmo tempo, eu sou umas das que defendeu a ideia de acabar. Acho que tinha que acabar em algum momento, senão perde um timing. E estamos fazendo isso no momento ótimo e num ponto alto. Tem que vir outras coisas, temos que nos renovar e caminhar para frente.
Quais seus planos para 2019?
Na Globo estou fazendo Pais de Primeira. É o que eu vou fazer semana que vem. Na casa é isso.
“Tinha que acabar”, afirma Renata Gaspar sobre o Tá no Ar
E as novidades dessa temporada?
O Tá no Ar sempre vem com o pé na porta. A gente fala de tudo, e vamos continuar falando e metendo o dedo na cara e tentando entregar uma leveza para as pessoas. A gente precisa, principalmente de guerra entre as pessoas, às vezes mexer em alguns lugares é meio perigoso. Não que p Tá no Ar não faça isso, mas precisamos da leveza, fazer rir, vamos rir. Acho que essa temporada tem isso.
Estamos sabendo que essa temporada vai rolar uma morte. O que você sabe sobre isso?
Não sei mesmo.
Você imaginava essas críticas positivas em relação à série?
A gente não sabia nem como ia ficar esse formato. É um programa novo, a gente também não sabia a cara do programa.
“Sempre tive muito apoio da família inteira para fazer humor”
Você pensa em ser mãe?
Parece que mulher nasceu para ser mãe só. Acho que existe o amor . Eu posso te amar agora. Eu namorei uma mulher um tempo e durante uma entrevista perguntaram se eu namorava. Eu respondi que sim. E quando fizeram a matéria, mentiram. Eles colocaram que eu não vou ter filho porque namorava uma mulher. Rotulam muito, precisa existir um link na cabeça das pessoas.
O Tá no Ar e o Zorra serviu para dar um novo ar para a mulher no humor. Você acha que isso daqui para frente será isso mesmo, acabar com essa coisa de esteriótipo de mulher gostosona ?
Acho que estamos caminhando bem, mas acho que ainda tem muito, da própria mulher de colocar o seu valor só nisso. Espero que isso acabe logo, a gente tem espaço e está se abrindo cada vez mais para a mulher no humor. Hoje nós estamos fazendo humor e podemos nos bancar. É uma reeducação.
Como é para a sua família você fazer humor?
Sempre tive muito apoio da família inteira. Eles não tinham essa cultura de ir ao teatro. Era mais TV e cinema. Mas a minha mãe ficou me falando que sou muito engraçada e que eu poderia fazer algo relacionado a teatro. Eu acabei entrando no teatro, aos 17 eu já estava formada. Fui fazer outros cursos e trabalhar. Eles são muito queridos. A minha família sempre tentou ao máximo me compreender. Sempre teve muita aceitação.
***Entrevista feita pelo jornalista André Romano