Embalado pelo sucesso de audiência do fenômeno Malhação: Viva a Diferença, Hall Mendes assinou com a Record TV e já vai entrar em Jesus. O galã já começa a gravar essa semana como Abel, um playboy de época, que chegará a trama que chegará para abalar o coração da personagem de Valentina Magessi.
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“Fiquei muito feliz com o convite. Gosto de viver desafios diferentes. É um trabalho desafiador, totalmente diferente do que vinha fazendo como o Jota em Malhação recentemente. Como ator, pra mim é instigante”, admite o galã, que até pouco tempo vivia um nerd nas tardes da Globo, fez Velho Chico, e já está se dividindo entre os estúdios de TV e os palcos em Jovem Estudante Procura. O espetáculo viaja em turnê pelo Brasil. Nele Hall, atua lado a lado com Talita Younan e Vinicius Wester, companheiros de Malhação.
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Porque decidiu entrar para a vida artística? Como foi o processo?
“Fui uma criança muito tímida, mas criativa. Na escola, apesar da timidez, me destacava nos trabalhos que os professores passavam. Sempre queria fazer algo diferente. Escrevia músicas, poemas e até peças de teatro. Foi aí que criei uma paixão imensa pela arte e fui perdendo a timidez, hoje sou sem vergonha (risos). Quando terminei o ensino médio, fiquei meio perdido, sem saber o que iria cursar. Fiz vestibular pro curso de publicidade e propaganda, mas acabei optando por nutrição. Foi a pior decisão da minha vida (risos). Acabei desistindo no primeiro período e decidi viajar para o Rio de Janeiro para realizar meu sonho. Entrei para um curso de TV e cinema e a partir daí as coisas começaram a acontecer na cidade maravilhosa”.
Início da carreira
Como foi fazer um personagem em Velho Chico? Quais suas maiores dificuldades?
“Velho Chico foi uma oportunidade única. Quando descobri que tinha passado nos testes, fiquei em choque (risos). Na época era tudo muito novo pra mim e tudo aconteceu muito rápido. Sinto muito orgulho de ter feito parte dessa novela, de ter conhecido tanta gente incrível. Foi um trabalho intenso, tivemos muitas perdas, mas foi um aprendizado enorme, como ator e como pessoa”.
Profissão de ator
Você sempre soube que queria ser ator ou já pensou em ter outra profissão?
“A arte era a única coisa que tirava minha timidez quando criança. Na época, minha tia Lany Mendes, cantava em uma banda chamada Calypso do Pará, e eu achava aquilo o máximo. A forma que ela levava a vida dela, fazendo shows e levando arte para as pessoas. Foi aí que me despertou o sonho de ser cantor também (risos). Juntei os meus primos e fizemos uma banda chamada Rider. A banda acabou quando conheci o teatro e me apaixonei perdidamente pela profissão. Nunca tive sonho de ser médico, advogado ou algo do tipo”.
Qual o seu papel dos sonhos?
“Essa pergunta é difícil, mas tenho uma vontade enorme de fazer um serial killer“.
O que você pretende para o seu futuro profissional daqui pra frente?
“Eu quero estudar mais, aprender novas línguas e fazer coisas novas. Hoje tenho um sonho enorme de apresentar um programa de auditório. Não sei como surgiu essa vontade, mas é algo que está crescendo muito em mim”.
Como foi sair de Pernambuco e se mudar para o Rio de Janeiro para interpretar Jota em Malhação: Viva a Diferença?
“Sair de Pernambuco foi uma das decisões mais difíceis que tive que tomar. A saudade da família parece que nunca passa, mas está valendo muito a pena. Me acostumei com Rio. No início foi difícil, mas não me imagino morando em nenhum outro lugar além do Rio. Hoje posso dizer que aqui é minha casa”.
Inspirações
Você tem algum artista como inspiração na hora de atuar?
“Irandhir Santos é um ator que eu sempre admirei, desde criança. Tive o prazer de conhecer e contracenar com ele em Velho Chico. Sou fã demais”.
Como foi sair da TV e ir para os palcos com o espetáculo Jovem Estudante Procura?
“Conhecer nossos fãs lindos desse Brasilzão acompanhado de grandes amigos como, Talita, Fábio, Malu e Vini, está sendo incrível demais”.
Você é muito parecido com o ator Brandon Flynn, de 13 Reasons Why. As pessoas te comparam muito com ele? Se sim, o que você acha dessa comparação?
“Eu me divirto pra caramba! Eu não me acho tão parecido não. Acredito que temos o perfil, mas não igual. Admiro muito o Brandon e sou mega fã do trabalho dele”.
Hall Mendes sobre sua entrada na Record TV
A entrada na Record foi por convite ou teste? Como foi a sua reação?
“Foi um convite. Recebi a mensagem da Record antes de entrar no palco (Estava viajando com a peça Jovem Estudante Procura). Fiquei tão animado que acabei fazendo minha melhor apresentação do espetáculo”.
Me fale sobre seu personagem Abel? Fale também da personalidade dele e quais são os dramas do Abel?
“Abel é um personagem muito bem construído e interessante, muito humano! Tem lados bons e ruins e vai aprender muito ao longo da novela. Apesar de ser um menino do bem, responsável e família, Abel é muito ambicioso e coloca o dinheiro em primeiro lugar em tudo que faz na vida”.
Ele estava na bíblia?
“Sim, inclusive tem uma passagem da bíblia que vamos reproduzir na novela”.
“Playboy de época”
Por que diria que ele é um playboy da época de Jesus? Ele vai manter esse estilo de vida quando chega em Jerusalém?
“Quando soube que ia fazer o Abel, era isso que tava escrito ‘Playboy da época’. Confesso que no início não entendi, mas quando comecei a ler os capítulos, tudo fazia sentido. Abel vai atirar para todos os lados. Ele realmente quer encontrar alguém para casar, apesar de ser ambicioso e dar muito valor ao dinheiro, ele adora azarar”.
Você teve aproximadamente quatro dias de preparação para o personagem. Foi o mais rápido que já teve? Prefere assim ou com mais tempo?
“Como entrei no meio da novela, é normal ter pouco tempo de preparo. Tive 3 ótimos dias de preparação com ótimos profissionais da Record. Mas confesso que prefiro quando tem mais tempo, é essencial e mega importante para a construção do personagem”.
O que é mais difícil na linguagem da novela?
“Acho que o mais difícil for ter saído de uma novela de uma linguagem tão atual recentemente, como Malhação, e logo em seguida entrar em um trabalho com a linguagem bíblica. Mas logo me adaptei com a preparação”.
Sotaque
Em quais momentos o seu sotaque pernambucano vêm com mais força? Sempre fora do estúdio, só com família?
“Minha cabeça é uma bagunça de sotaques. Quando comecei a estudar audiovisual, tive que neutralizar meu sotaque nordestino. Achei fácil e consegui rápido. Quando veio Malhação, tive que estudar o sotaque paulista, que é diferente de tudo que eu já tinha ouvido na vida, mas acabei conseguindo ao longo do tempo. Foi difícil, mas consegui. Consegui tanto que estou com o sotaque paulista até hoje. Não consegui tirar, estou puxando muito o R. Mas meu sotaque Pernambuco que eu amo de paixão, está guardado e eu adoro quando alguém pede pra eu falar nordestino”.
Essa é sua primeira novela de época. O que tem achado da experiência?
“Fascinante, é realmente um desafio. É muito gostoso fazer um trabalho com essa linguagem diferente da sua”.
Malhação
Qual a importância de Malhação na sua carreira?
“Abriu muitas portas. Aprendi muito e conheci muita gente importante que amo como se fossem da minha família. Na verdade, Malhação: Viva Diferença foi uma família, por isso foi um projeto que deu tão certo. Todo mundo se amou muito! E até hoje é um fenômeno entre o público que nos assistia. Sinto muitas saudades”.
O que acha do título de jovem galã? Gosta? Se considera um galã?
“Gosto, não me considero, mas gosto. Fico feliz com esse carinho do público Sou ator, quero ir do galã até o personagem menos esperado possível”.
Planeja fazer um protagonista na TV?
“Claro! Será um aprendizado enorme”.
Projetos
Tem algum projeto paralelo?
“Estava viajando com a peça Jovem Estudante Procura. Infelizmente tivemos nossa última apresentação em Belo Horizonte por conta da rotina de gravação, mas pretendemos voltar com as viagens em 2019. Estava morrendo de saudades dos palcos e não fazia teatro desde antes de Velho Chico. Foi uma ótima oportunidade, ainda mais de trabalhar com a Talita, que se tornou minha irmã depois de Malhação. O público está adorando matar a saudade”.
O que você acha do novo papel que vai interpretar na novela Jesus?
“Tá sendo muito interessante. O personagem é ótimo e bem construído. Tenho certeza que a galera vai amar o Abel”.
Entre a televisão e o teatro, qual você prefere e por quê?
“Eu sou apaixonado por teatro, mas amo o audiovisual. Não sei dizer qual eu prefiro, são duas coisas totalmente diferentes. Nesse momento estou conseguindo conciliar os dois e estou me sentindo muito completo”.
Abel
O que mais chamou sua atenção em relação ao Abel? Por quê?
“O Abel é muito galanteador, me divirto gravando as cenas. Apesar de ser considerado playboy da época, ele tem um coração enorme. É um personagem bem construído”.
Quais os desafios de interpretar um personagem de uma trama bíblica?
“É bem diferente de tudo que já fiz. Acabei de fazer um trabalho com uma linguagem jovem, com gírias paulistas… A linguagem bíblica tem sido desafiadora. estou aprendendo muito e me divertindo nas gravações”.
Quais são seus planos profissionais para depois da novela?
“Eu to sempre estudando e fazendo testes, mas posso adiantar que 2019 vai ser um ano incrível e de muitos trabalhos. E também estou em turnê pelo Brasil com a peça”.
Jota
Os fãs de Malhação ainda falam com você sobre o Jota?
“O tempo todo! Me divirto e mato um pouco da saudade do Jota. Foi um personagem incrível e que ficou marcado, pra mim e para os fãs da Malhação“.