“Para mim ela também é uma inconsequente e debochada”, revela Bruna Linzmeyer sobre sua personagem em O Sétimo Guardião

Publicado em 01/11/2018

De volta ao horário nobre da TV Globo em O Sétimo Guardião, a atriz Bruna Linzmeyer, que estava longe das novelas desde que viveu a Cibele em A Força do Querer, será Lourdes Maria na nova trama de Aguinaldo Silva. Lourdes será apaixonada por Júnior, personagem do ator José Loreto. E terá problemas com Luz, vivida por Marina Ruy Barbosa. Em entrevista ao Observatório da Televisão, Bruna falou sobre os desafios de viver uma piriguete debochada. Confira:

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Como surgiu o convite para fazer a novela? 

Veio do Rogério (diretor artístico). Eu acho que a gente gostou de trabalhar juntos, ele me convidou e eu fiquei muito feliz.  

O Aguinaldo falou de você em uma entrevista, disse que queria uma pessoa que entrasse no personagem e que você é muito visceral. Você se sente uma atriz assim, que se entrega? 

Eu acho que é uma mistura, nesse entregar tem muito divertir. Tem também o prazer de brincar de ser outra pessoa, de fazer outra coisa, de estar em um set de filmagens com a equipe e eu gosto muito disso.

Cinema

Qual foi a experiência de fazer o filme O Grande Circo Místico? 

Uma loucura trabalhar com o Cacá Diegues. Eu estou muito feliz de ter tido essa oportunidade de trabalhar com ele, de fazer esse filme. A minha personagem é a Beatriz e ela inicia essa jornada trágica da família circense.  

A sua personagem em O Sétimo Guardião é uma piriguete, mas não é aquela piriguete padrão, certo? 

A gente brinca um pouco com isso, porque tem no texto do Aguinaldo que ela é uma adolescente. Para mim ela também é uma inconsequente e debochada. Ela fica atazanando e debochando a cidade, a vida da cidade pequena. Ela fica lidando brincando e sofrendo com tudo isso, mas também tem um pouco dessa sensualidade que vem de outro lugar.

Carreira

Se a gente for parar para pensar na sua carreira na televisão, tem coisas muito diferentes. Essa diferença você busca ou elas acontecem? 

Eu acho que eu busco e elas acontecem afinal. Porque como atriz, eu dependendo muito do olhar do outro para me convidar para um trabalho. Mas eu acredito que a energia que eu coloco no mundo e a maneira como eu falo com as pessoas, também demonstram a minha vontade de fazer coisas diferentes. A princípio eu tive encontros muito generosos, o Papinha me chamar para fazer coisas diferentes, o próprio Luiz me chamou para fazer uma protagonista doce. Eu tenho a generosidade dessas pessoas que acreditam que eu posso fazer coisas diferentes e sempre que eu posso dou uma mudada também.  

Você acha que depois que você sumiu das redes, você ficou mais próxima do público? 

Eu acho que tem um pertencimento tanto da minha parte. De pertencer a essas pessoas, de que a gente pertence a mesma coisa. As mesmas ideias, os mesmos desejos de país, de mundo e esse pertencimento ficou mais próximo. Não tem um dia que eu não ande na rua e alguém venha falar comigo e que uma sapatão venha me abraçar, me agradecer.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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