Escravidão e machismo tratados em O Tempo Não Para sensibilizam Nicolas Prattes: “Aprendendo muito”

Publicado em 20/11/2018

Levada ao ar na faixa das 19h, O Tempo Não Para, assinada por Mário Teixeira, Bíbi Da Pieve, Marcos Lazarini e Tarcísio Lara Puiati, apresenta com humor histórias que atormentam o nosso presente justamente porque foram mal resolvidas no passado. Entre os principais temas abordados estão a escravidão, e a forma como os relacionamentos foram sendo construídos ao longo do anos, principalmente o casamento versus machismo tendo os “congelados” como exemplos.

Em entrevista exclusiva ao Observatório da Televisão, o ator Nicolas Prates, analisou como o enredo vem mexendo com as suas experiências de vida em relação ao escravos, ao amor e as relações de poder.

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Como o Samuca tem lhe ajudado a compreender mais as questões sociais do nosso pais? O quanto ele tem contribuído pra sua vida? 

“O preconceito está dentro da gente, justamente porque a gente está numa sociedade que tem uma coisa velada. Como a gente deixou de sentir as coisas. São valores que foram se perdendo. Os congelados vêm e dão um tapa na nossa cara, pra gente aprender, literalmente. São coisas simples como cortejar uma dama como o Dom Sabino fala. Não posso sair beijando [uma mulher] no primeiro encontro, tenho que conhecer primeiro a alma dela. Eles aprendem a amar do nosso jeito. Mas qual é o jeito certo se o jeito deles era tão nobre quanto?”

Escravidão

“Está sendo muito enriquecedor como pessoa. O personagem do Milton Gonçalves [Eliseu] é catador de lixo e tem uma carroça. E o Dom Sabino diz: ‘Nem um escravo meu faria isso’. Mas nos tempos de hoje… Olha como a gente trata as pessoas, a gente fala que não existe mais escravo, na verdade existe, olha o que essas pessoas fazem pra sobreviver…”

Vale lembrar que Nicolas é o protagonista de O Segredo de Davi, longa que estreia dia 22 de novembro trazendo muito suspense. Sob a direção de Diego Freitas, Prattes interpreta um serial-killer.

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