Marcos Pasquim descreve o biólogo Marino, seu personagem em O Tempo Não Para: “Tranquilo na dele”

Publicado em 27/07/2018

Em O Tempo Não Para, nova novela das 19h da Globo, Marcos Pasquim será Marino, um biólogo desprendido de bens materiais que vive na Ilha Vermelha com a esposa Monalisa – interpretada por Alexandra Richter. Acostumado com a vida simples, ele verá seu mundo mudar completamente após os congelados surgirem no local.

“Eles não têm noção disso, acham que é alguém que está fantasiado”, garantiu durante um bate-papo com o Observatório da Televisão. Além de contar detalhes da trama, que estreia no dia 31 de julho, Pasquim também comentou sobre a evolução da sua carreira como ator. Confira a seguir:

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Como está sendo voltar às novelas?

Maravilhoso! Eu fiquei só um ano parado, fui para o teatro e voltei. Eu adoro trabalhar em novela. Voltar a fazer novela das sete é legal porque é um pouco mais leve. E essa, claro, como toda novela das sete tem uma pegada mais de humor e eu quero, de repente, trabalhar isso um pouco. No começo, o meu personagem não tem muito disso, mas eu quero levar para esse lado.

A direção é maravilhosa. É a mesma equipe adorável que eu trabalhei em Malhação, todo mundo é bacana. Eu estou fazendo novas amizades, revendo velos amigos.

Marcos Pasquim fala de seu personagem em O Tempo Não Para

Como você descreve o Marino?

Ele vive da natureza, é um biólogo. Vive numa ilha com a mulher. Fica tranquilo na dele, pescando, caçando, vivendo numa casa sem luz elétrica. É roots totalmente.

Mas essa vida tranquila dele muda quando aparece uma congelada na ilha, né?

Até aparecer a congelada lá. Até então, ele não sabe direito que é uma congelada. Eles não têm noção disso, acham que é alguém que está fantasiado. Ele conversa com a esposa que é estranho. Depois aparece um outro congelado, que é o Kiko Mascarenhas (Teófilo). Aí vão acontecendo coisas na ilha, na vida dos dois que eu não posso contar.

No decorrer da trama, vão querer comprar a ilha em que o Marino vive com a esposa Monalisa (Alexandra Richter). Como será esse momento?

Ele não quer (que comprem). Ele gosta, se amara de ter essa vida com a mulher dele lá. Gosta de viver a paz, de viver na forma que vive. Ele é desapegado aos luxos, coisa que a mulher dele já não é.

Há um pouco de Marino no Marcos Pasquim?

Eu sou muito urbano, na realidade. Eu gosto do conforto da vida urbana. Não sei se conseguiria viver numa ilha sem luz elétrica. Mas eu gosto muito da integridade dele, da paz. Ele é muito tranquilo. Eu gosto muito do sentimento que ele tem pelas coisas, pela ilha, pela mulher, pela família. Isso é um pouco do que eu sei do personagem.

Parceria com Alexandra Richter

Como está sendo contracenar com a Alexandra?

Incrível! Ela é fantástica! Eu já fiz alguns trabalhos com ela, mas nunca contracenamos diretamente. Essa é a primeira vez e está sendo uma grata surpresa. Ela vem mais da comédia, mas quer fazer um pouco menos de comédia no início da novela, então eu estou nessa também com ela. Em cena somos mais sérios, mas fora de cena nos divertimos e brincamos muito. É uma delícia!

Você já fez muitos personagens que exibiam o abdômen sarado. O Marino também vai desfilar sem camisa pela ilha?

Não, é todo vestido (risos). Não tem essa. Ele pesca bastante, vive principalmente da pesca, mas mergulha com roupa de mergulho. Não fica sem camisa.

Como você analisa sua evolução como ator?

A gente vai fazendo o que o autor vai pedindo. E, naquela época, era mais jovem (para tirar a camisa). Acho que agora não tem muito a ver. Não que eu não esteja podendo, mas não tem muito a ver. E eu acho legal não ir só para esse lado de ficar sem camisa. Está cheio de garotão, cheio de gente que pode fazer isso hoje em dia.

Texto da novela

O que mais te encantou no texto do autor Mario Teixeira?

Se eu não me engano, é a primeira novela do Mario Teixeira como autor. E o texto dele é primoroso e atual. É muito legal a gente discutir essa coisa do passado vindo para o presente porque várias séries, hoje em dia, falam sobre o tempo. Isso é fantástico! E o que eu acho mais incrível dessa novela é que a gente vai falar da ética, de como era antigamente e como está sendo hoje em dia.

Isso é ótimo porque hoje em dia ainda existem pessoas que pensam como antigamente, como o Eliseu (Milton Gonçalves). Uma pena que hoje a gente se perdeu em algumas coisas, em vários princípios. Mas ainda tem gente com princípios, e o personagem Eliseu é exatamente isso.

Como você se sente por ter uma carreira de sucesso em um país que não valoriza a arte?

Graças a Deus, eu tive a sorte de ter conhecido pessoas que me ingressaram nisso. Eu não nasci ator, eu me tornei ator. Então, eu tive grandes professores, pessoas que me deram muitos toques, que me ensinaram. E eu pude aprender, trabalhar com isso e viver disso. Eu estou tranquilo. Foi muito trabalho, mas eu tive muita sorte.

Carreira

Você chegou no patamar que sempre sonhou para a sua carreira?

Não, eu quero muito mais.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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