Rodrigo Simas fala sobre seu personagem em Orgulho e Paixão: “Ele é doido para ir para a capital”

Publicado em 12/03/2018

Rodrigo Simas terá, nos próximos meses, o desafio de dar vida a Ernesto, em Orgulho e Paixão, nova novela das 18h, da Globo. Na trama, ele vai se envolver, inclusive, com a protagonista, a Elisabeta, vivida por Nathalia Dill. Porém, ele terá que disputar o amor dela com o Darcy, de Thiago Lacerda.

Em entrevista ao Observatório da Televisão, Simas deixa claro que eles não vão se odiar, fazer mal e o personagem dele pode até ter uma outra paixão, mas não revelou detalhes. Ainda no bate-papo, ele contou que Ernesto é essencialmente diferente de seu último personagem, o Piatã, de Novo Mundo (2017, Globo). Confira o porquê abaixo.

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O que tem te instigado mais nesse trabalho?

O Ernesto, diferente do Piatã vem de um outro universo. O Ernesto é um rapaz ambicioso, que luta pelos seus direitos, que quer sair do Vale do Café que é um lugar pequeno e vir para a capital, conhecer pessoas, conhecer o mundo. Eu acho que isso é muito inspirador.

Me fala um pouco mais sobre o personagem.

Ele é doido para ir para a capital, para o mundo abrir, para conhecer gente. Ele luta muito pelos direitos. É um cara trabalhador que às vezes a língua afiada atrapalha um pouco e é muito bem-humorado, consegue contornar as situações e viver tranquilo, no humor.

Ele se encaixa em que perfil?

Italiano. Ele é filho de imigrantes Italianos, tem uma irmã e dois irmãos, tem um conflito de família também.

Ele não parece ser um cara malvado, parece ser apaixonado.

Não, não é. Ele é jovem, ele tem sangue pulsando. Se o incomoda ele vai atrás, ele fala, ele luta por isso, ele não consegue passar por cima e não falar nada. É explosivo.

Você gostou disso? Porque eu acho interessante, na maioria das novelas quando tem esse triangulo amoroso, um deles sempre é vilão ou ruim.

Eu gostei. O Darcy e o Ernesto se respeitam, eles não fazem nada de maldade um para o outro para conseguir algo, sabe? Então acho que isso é moderno.

Ele tem um par romântico? Vai ter?

Elisabeta. Pode ser que não seja só ela. Assim, não sei… tem uma outra também, mas eu não posso falar eu acho.

Me fala sobre esse romance, na verdade não sei se será um romance, dele por Elisabeta.

Na verdade eles se conheciam desde pequenos e aí quando eles se reencontram adultos, eles têm os mesmos ideais, então eles se juntam por isso, se identificam como amigos. E o Ernesto acaba se apaixonando por ela, aí a gente vai saber só mais para frente, mas assim, é uma luta digna.

Entendi. Vi que tem um momento de rixa ali com o Thiago Lacerda (Darcy).

É, já tem a briga ali. Mas eles se aproximam. Eles ficam presos alguns dias dentro da mina e acaba um tendo que respeitar o outro. Mas a nossa briga é muito de respeito, ninguém passa por cima de ninguém… É o Thiado Lacerda, né?! Vamos combinar que Elisabeta… Vai ser dificil competir.

E essa cena foi complicada para gravar?

Olha, a gente ficou três dias embaixo da mina. Três dias seguidos (óbvio que saindo, dormindo, comendo), mas eram 8h ou 9h dentro da mina que chega uma hora que você perde a noção do tempo, da escuridão. Você sai e fala: “Caraca, tá dia ou tá noite?”, mas foi legal, foi bem interessante e dá uma vivencia você estar na locação mesmo sem ser cenário. É muito bom.

Mas é angustiante.

É, se tiver claustrofobia é impossível.

Eu queria saber como foi a preparação do personagem.

A preparação foi praticamente rápida. Eu saí de Novo Mundo, onde eu fazia um índio que é completamente diferente, só de botar a roupa já é um outro universo. Eu estou trabalhando muito a parte do texto mesmo do autor, estudando bastante as palavras.

Nesse universo de Jane Austen, temos protagonistas muito fortes, mulheres totalmente empoderadas, qual a importância para você de atualmente trazer isso?

Olha eu acho que é muito importante, mesmo a novela sendo do século passado, os assuntos são muito atuais e acho que as pessoas vão se reconhecer nas personagens, isso que é legal. Tanto a Elisabeta quanto as outras, até o Ernesto mesmo, eu vejo o Ernesto muito sendo a Elisabeta masculina, sabe? Eles se identificam com os ideais deles, os objetivos de vida e acho isso muito bacana.

Você gostou de fazer uma novela de época e logo emendar em outra?

E antes dessa eu fiz Boogie Oogie também, estou na terceira de época. No caso diferente então, gosto. Eu acho que cada experiência é uma experiência e são sempre muito válidas.

Você já viveu um amor não correspondido?

Um amor não correspondido? Acho que não, na verdade quando a gente gosta… É muito difícil falar sobre isso, não tem uma regra. Tem vezes que a gente gosta mais, né?!

Mas ele está entrando nessa, sabendo que ela é apaixonada.

Pois é, mas é isso. Ele não vai se rebaixar por esse amor, ele vai tentar. Mas aí ele vai pela amizade e aí eu acho que dessa amizade ele ainda vai conseguir alguma coisa.

Você acha que vale a pena então ele lutar?

Com certeza! Vale a pena.

Me fala uma coisa, mais uma novela de época em seguida, né?

Mais uma novela de época. Boogie oogie, Novo Mundo… Sempre em universos diferentes. Mais uma novela de época, mas muito feliz. Estou muito feliz de estar fazendo.

Você se identificar com o personagem em alguma coisa?

Eu gosto dessa ambição dele. Dessa coisa de querer ir para o mundo, de querer que o mundo cresça.

Você é assim?

Eu sou! Eu gosto bastante. Acho que a gente ficar no mesmo lugar estagnado, não move. Gosto dessa coisa que faz a gente se mover por dentro, a gente sai do lugar confortável.

Ele é cheio de ideais…

Exatamente!

E é a primeira novela com seu irmão?

Primeira novela com meu irmão. Não estamos contracenando quase nada ainda, mas estamos no mesmo universo e isso é interessante.

Só falta juntarem os três.

Pô, vai ser muito legal se juntarem os três, hein? E contracenando juntos.

Rodrigo, cada um está tendo o seu momento, isso é bacana, né?

Mas é exatamente isso. É isso que a gente acredita. Tudo tem seu tempo, tem espaço para todo mundo, não tem essa de querer passar por cima. Tudo tem o seu tempo. Cada um faz o seu, cada um tem que estar onde tem que estar e a gente tenta dar o melhor da gente, isso sempre.

Você na sua carreira está sempre fazendo trabalhos bacanas, né? Porque não é uma carreira fácil, a gente vê tanta gente aí batalhando.

Não é, não é fácil. Eu agarrei com todas as minhas forças, unhas e dentes, todas as oportunidades que eu tive na minha carreira, agarro até hoje e fico muito feliz e grato por todas as oportunidades que eu tenho tido. E eu gosto do que eu faço, acho que é um ponto muito positivo, quando você gosta do que você faz, você faz com amor, faz com vontade e você tem o prazer de fazer. Então, se Deus quiser eu só estou nos primeiros passos.

Quanto tempo de carreira?

Eu comecei a fazer teatro com 15, já tenho 26, televisão eu comecei em 2010.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano.

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