“Ele quer o que é bom da vida” diz Johnny Massaro sobre seu personagem em Deus Salve o Rei

Publicado em 09/01/2018

Johnny Massaro é Rodolfo em Deus Salve o Rei. O Príncipe que leva uma vida cheia de regalias, considerado irresponsável, acabará herdando o poder após seu irmão Afonso (Romulo Estrela) abdicar do trono. Em conversa com o ator, ele falou sobre o personagem e sobre a dificuldade em fazer comédia. Confira:

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Como é para você fazer esse personagem? Pelo que vimos é um personagem de humor, né? 

A coisa do humor é algo que tenho tido oportunidade de flertar, como em ‘Filhos da Pátria’, que era humor rasgadíssimo, em que a gente levava para a farsa, já na novela é um humor com o pé na realidade, o humor na situação.

Como foi contracenar com a Rosamaria Murtinho?

Rosinha é maravilhosa. Foi um grande prazer estar com ela, mesmo sendo curto, afinal, ela fez uma participação, mas foi lindo.

O personagem lá na frente será um vilão, não é? 

Vilão na verdade é o personagem do Romulo Estrela que abandona o trono e o deixa para um cara que nunca quis ser rei, e que não está preparado. A questão do vilão é uma questão de ponto de vista. Estou muito feliz de poder fazer o Rodolfo, porque ele tem um pouco de tudo, e eu falei isso para o Fabrício (diretor da novela). O meu desejo com isso é poder ser tudo: engraçado, trágico, nervoso, tranquilo, e quero porque o Rodolfo pode ser.

Como tem sido sua troca com a Tatá Werneck?

A gente não para de rir, é um inferno, mas vai dar certo. Pelo menos teremos boas ‘Falha Nossa’, para mostrar no Vídeo Show. Está sendo uma delícia. Gosto muito da Tatá pessoalmente e como artista. O que ela faz, ninguém faz. Ela é maravilhosa.

Você já pediu para ir ao programa dela como entrevistado?

Claro que não, e nem vou pedir. Ela falou que eu vou e eu disse: ‘Não vou de jeito nenhum’. Ela disse: ‘Mas vai Caetano, vai Selton’. E eu respondi: ‘Dana-se, eu não vou’. Medo, melhor não.

Seu personagem é um bon vivant, não é?

É sim. Ele quer o que é bom da vida. Na verdade, todas as pessoas querem o bom da vida, o que difere é o que realmente é bom para cada um. O Rodolfo por exemplo, precisa de muito, e ele tem muito porque ele é príncipe.

Você colocou algo de você mesmo no personagem?

Tudo! Eu acho que o personagem sou eu em determinados ritmos e temperaturas, mas o que tenho para dar é o que está dentro de mim. Meu corpo e minha voz.

A gente pode achá-lo irresponsável?

Ele é! Eu acho que a gente quer fechar muito as cosias em todos os assuntos da vida, então, sim, ele pode ser irresponsável também, mas prefiro deixar aberto para que ele possa ser qualquer coisa. Sei que dificulto a vida de vocês assim. (Dificulta a vida dos jornalistas na hora de editar a matéria).

Você se considera um cara abençoado por estar nessa trama, num núcleo de protagonistas e já ser elogiado pelo público antes da estreia?

Acho que sou abençoado por ter duas pernas, dois braços, poder respirar, e ter a oportunidade de estar envolvido nesse projeto, mas é um caminho também. Todos que estamos aqui batalhamos muito para isso.

Já te acompanho há algum tempo. Você fica muito nervoso ao dar entrevistas. Você é tímido mesmo?

Não, é porque acho que as coisas não são definitivas e podem estar muito abertas. Dar entrevista é uma coisa muito engraçada, é difícil achar respostas, e não sou uma pessoa pronta. Vocês me perguntam e fico tentando responder, penso que é muito fácil ser mal interpretado e não tenho controle sobre o que você vai escrever, então, é tudo muito delicado. Tento fazer tudo da melhor forma possível.

Tatá, Bruna e Marina representam o PIB do Brasil na internet. Você está preparado para ver seus seguidores aumentarem?

Estou! Acho que é uma consequência natural do trabalho, e vai ser muito bem-vindo.

O visual do personagem, esse cabelo grande, é aplique?

Sim! Meu cabelo está muito grande, mas tem um aplique aqui, inclusive precisa retocar, por isso fiz as tranças. Dá muito trabalho,  mas estou curtindo. Se eu vou na cachoeira, se eu molho o cabelo, preciso deixar solto até secar porque não pode ficar amarrado.

O Romulo Estrela foi adicionado ao elenco da novela por último. Como é a parceria com ele?

É felicidade plena. O Romulo é um ator incrível, super lindo em todos os sentidos.

Como você vê o seu crescimento como ator?

Eu comecei muito cedo, e encaro isso de forma natural. Um conjunto de sorte misturado com coisas que plantei e quis. Eu era mais novo, tinha outro biotipo, era outra pessoa, e a medida que fui crescendo, as coisas foram chegando.

Você acha mais difícil fazer um personagem cômico?

Tem uma coisa mais difícil na comédia porque a gente percebe quando não rola. Ela tem uma coisa imediata, e pode ser muito frustrante, porque às vezes a resposta não vem, porque você não acertou o tempo da coisa. Eu fico muito feliz de alguém poder rir comigo.

Você acha que está conseguindo entregar isso com esse personagem?

Eventualmente as pessoas riem lá no set (risos). Quando fui conversar com o Daniel (autor) e Fabrício (diretor), eu avisei a eles que eu não entraria para fazer piada, porque a comédia está muito marcada no texto. Se eu quiser fazer piada daquilo, não vai rolar, e tento não me preocupar com isso.”

Você vem de uma safra de atores jovens que estão sendo considerados galãs. Esse rótulo te incomoda?

Não sei. Eu acho que é mais uma maneira das pessoas dizerem ‘fulano é tal coisa’. Eu fico ligeiramente contente porque acho que posso ser uma coisa, ser outra e isso me deixa tranquilo. A coisa do galã mesmo acaba sendo uma prisão.

Você gosta muito de fazer teatro e cinema. O que tem de novidade?

Tem um filme que fiz há um tempo, ‘Todas as Razões para Esquecer’ no segundo  semestre tem o filme ‘Partiu Paraguai’, que eu fiz com a Bruna Linzmeyer, deve ser nosso décimo nono trabalho juntos (risos).

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano. 

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