Patrícia Poeta sobre troca do jornalismo pelo entretenimento: “Sempre foi um desejo meu mostrar um pouco de quem eu sou”

Publicado em 08/12/2017

Patrícia Poeta esteve presente no lançamento do livro Renato Aragão: do Ceará para o coração do Brasil, biografia do humorista Renato Aragão. Em bate papo com nossa reportagem, a apresentadora do É de Casa, falou sobre o programa semanal, explicou sua reeducação alimentar, além de contar como são feitas as gravações do Caixa de Costura, reality  de habilidade que comanda no Canal GNT:

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Como foi para você tantos anos à frente do jornalismo e ir para o entretenimento? 

Eu acho que houve um período de adaptação. Depois de 17 anos no jornalismo, a gente acaba mostrando para as pessoas de casa como é a Patrícia fora da bancada. Sempre foi um desejo meu mostrar um pouco de quem eu sou, poder falar de assuntos mais leves para as pessoas de casa. Acho que por ser algo que eu queria, essa adaptação foi fácil, acontecendo naturalmente.

Quando conversamos na Coletiva do É de Casa, você disse que assistia muito ao programa da Oprah, e atualmente vemos um pouco da Oprah em você…

Obrigada! É uma das coisas que eu queria quando fui para o entretenimento, poder conversar com pessoas sobre outras coisas, porque gosto de ir na casa das pessoas, e ter esse contato mais próximo. Quando as pessoas vão participar do É de Casa, muitas vezes chegam nervosas lá, mas com vontade de participar. O que curto é poder receber, conhecer a história de vida delas, e levar para os telespectadores o gostinho de também querer fazer parte daquilo. Programas de entretenimento tem esse poder de buscar no fundo de cada pessoa aquilo que podemos aprender com elas, e assim dividir experiências.

O Gshow sempre faz a galeria com os seus looks e na Central de Atendimento ao Telespectador da Globo eles estão sempre entre os mais pedidos. Você fica lisonjeada com esse retorno? Aproveitando, hoje você está linda, com um vestido vermelho fatal, né? 

Eu adoro vermelho, sempre gostei de vermelho porque para mim funciona. Gosto de montar looks, e quando estou em casa mais livre, fico fazendo isso. É um bom exercício de criatividade, fazer combinações, até tentei mostrar isso no É de Casa. Fico feliz que os telespectadores gostem. Claro que a roupa não é a prioridade, mas faz parte do contexto. É mais que bem-vindo saber que a gente se arrume e o pessoal “hashtag” curte. Gosto desse retorno.

Teremos segunda temporada do Caixa de Costura, do GNT?

Acredito que sim.

Você se surpreendeu com o sucesso do programa? Porque é um reality, então tem só aquele roteiro…

No Caixa de Costura não tinha roteiro, apenas um esqueleto dele, por exemplo, eu sabia que teríamos uma prova X, então, depois da prova, precisava chamar os jurados. Curto muito fazer isso, improvisar, conversar com as pessoas e ser guiada pelo feeling. O Caixa de Costura tem as provas, mas também tem as histórias pessoais dos participantes. Cada episódio foi gravado em 1 dia. Começávamos às 7 da manhã e terminávamos às 10 da noite, então, os costureiros ralavam muito e nós da equipe também. Mais do que competir, eles estavam se colocando à prova para vencer seus próprios limites. É muito bacana ver a pessoa vencendo o nervosismo e o psicológico em 1 dia.

Você fez uma reeducação alimentar, que ajudou muitas pessoas, e encontramos relatos que várias se inspiraram em você para mudar. É bacana, né? 

É mesmo?  É interessante porque num primeiro momento a gente faz porque está precisando cuidar da sua saúde, focado em vencer seu problema, mas ver que os outros se inspiram na sua história, eu acho bacana, cada um pegar um pouco do que é bom nos outros. Uma vez eu falei no É de Casa, sobre os malefícios do açúcar, e mostrei que ele era um dos grandes vilões da alimentação. Um telespectador um tempo depois disse que seguiu todas as dicas, e mandou uma foto do antes e depois. Ele tinha emagrecido cerca de 20 quilos em três meses, simplesmente fazendo o que explicamos no programa. As pessoas gastam dinheiro comprando produtos para tentar emagrecer, mas às vezes é muito mais simples, como trocar o pão do café da manhã, por um ovo.

Você foi criticada pela sua reeducação alimentar, não foi?

No início, as pessoas sentiram muito a diferença porque fui emagrecendo, mas depois entenderam que era uma questão de saúde e não de estética. Toda mudança causa estranhamento, mas depois que as pessoas entendem que é por saúde, a reação é oposta e o pessoal passa a se inspirar.

Você é bastante espiritualizada e já visitou lugares onde é possível meditar. Recentemente você foi para o Japão, como foi?

Eu gosto muito de conhecer lugares mais exóticos, que tenham um pouco de meditação, que sejam mais espiritualizados. No caso do Japão, eu queria muito conhecer porque tinha amigos que estavam lá, e vi isso como uma chance. Foi muito legal. Acho que esse ano mais que nunca, foi um ano que me pediu isso.

Você tem projetos além do É de Casa

No momento não tenho essa resposta para dar para você. Por enquanto somente o É de Casa.

Você tem vontade de lançar algum livro?

Livro ainda não está nos meus planos, outras coisas talvez sim.

Qual o balanço você faz de 2017?

Ano de renovação, e aprendizados.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano. 

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