“Tenho dificuldades em cenas emotivas”, afirma Cleiton Morais sobre um dos momentos mais dramáticos de Apocalipse

Publicado em 28/11/2017

Na primeira fase da trama bíblica da Record TV, Apocalipse, o ator Cleiton Morais deu vida ao policial Guido Fontes. No folhetim de Vivian de Oliveira o personagem investiga uma série de crimes e durante uma ação policial perde um de seus colegas de trabalho, Luiz Sardes (Marcelo Argenta).

Coube então a Guido avisar a família do policial sobre a sua morte, que contou com a participação especial da atriz Maytê Piragibe como esposa do agente. Em entrevista ao Observatório da Televisão, Cleiton fala dos bastidores da trama, de como essas cenas foram gravadas e também do perfil do personagem, que nas próximas fases será interpretado por Roberto Birindelli.

“Tenho dificuldades em cenas emotivas, confesso! Mas não sei explicar o que esse papel significou, tive uma sensação linda ao fazer a cena da notícia”, revela o ator que já integrou o elenco de Malhação, Insensato Coração, Avenida Brasil e Êta Mundo Bom todas da TV Globo.

Confira:

Em alguns momentos seu personagem é irônico e sarcástico ao falar com alguns investigados. Como dosar humor e seriedade nas falas do Guido?

Não tivemos muito tempo para preparação junto à direção, mas em algumas leituras que fizemos pude sentir esse tom diferenciado do personagem. Minha escolha foi isolar as cenas com base no que o texto oferecia, separando em blocos, assim a cena ganha vida por si só e não compromete o todo, fiz o mesmo com as cenas de ação e de emoção. Para dar credibilidade e personalidade, mantive o mesmo trejeito e linguagem corporal do personagem. Isso ajudou muito a manter a história crível em todos os níveis de emoção.

Suas cenas, em conjunto com o ator Marcelo Argenta, foram elogiadas. Como foi o processo para chegar nesse resultado?

Eu e Marcelo combinamos acima de tudo em sermos parceiros não só na ficção, conversamos sobre as cenas e optamos em seguir linhas diferentes de interpretação. Isso nos deixou livres individualmente para cada um criar seu personagem e essa individualidade uniu mais ainda os personagens de modo que o complemento entre a interiorização e maturidade do personagem do Marcelo foi de encontro com toda energia e “extravagância” do Guido. Quanto ao trabalho em equipe, me surpreendeu muito o cuidado da produção, a delicadeza com que foram feitas as cenas e acima de tudo a unidade, isso que fez com que as cenas brilhassem literalmente nas telas. Viramos noites gravando a perseguição, equipe, elenco, todos pernoitados e em ação. O grande diferencial para mim, foi saber que poderia contar com qualquer um a qualquer momento. Em especial os diretores que estavam entregues e empolgadas com a obra. Deixo aqui inclusive meu agradecimento pessoal a eles: Leandro Neri, Leonardo Miranda, Hamsa Wood e Edson Spinello que foram brilhantes.

Você é fã de séries e filmes de ação e suspense? Se sim, quais?

Incontáveis, mas sem duvidas: Breaking Bad, Prison Break, Mad Max, impossível citar todos. Mas esses me marcaram.

É muito comum PMs darem a notícia para os familiares de seus colegas como aconteceu com o Luiz Sardes. Conhece algum caso real? Como foi a cena? Guido vai acompanhar a vida do filho de Luiz por muito tempo como uma forma de proteção? 

Sou um ator que tenho dificuldades em cenas emotivas, confesso! Mas não sei explicar o que esse papel significou, tive uma sensação linda ao fazer a cena da notícia. Não tenho conhecimento de casos reais, já sobre a continuidade, tudo indica que o ator Roberto Berindelli (Guido na fase 2) irá viver muitas aventuras com César (Fernando Pavão).

Como tem sido o retorno do público?

Melhor impossível, nunca fui tão aplaudido e elogiado.

Novos projetos?

Sou diretor de uma companhia teatral. Tenho cinco espetáculos que correm as escolas e teatros do Rio. No próximo ano tenho um edital da prefeitura do Rio para cumprir, e sigo sempre na luta para aprimorar minha arte e abrir caminhos para novos trabalhos na TV. O resto é consequência.

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