Sérgio Guizé opina sobre Gael de O Outro Lado do Paraíso: “Ele ama a Clara de verdade”

Publicado em 27/10/2017

Sérgio Guizé estreou esta semana na pele de Gael, o ciumento e agressivo marido da protagonista Clara (Bianca Bin) em O Outro Lado do Paraíso. Durante a festa de lançamento da trama, o ator conversou com nossa reportagem e deu sua opinião sobre o controverso personagem.

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Como foi o processo para criar o personagem?

O processo foi intenso. Começamos com a preparação em maio, nos conhecendo, afinal, são pessoas de várias gerações e várias escolas, e nesse começo já deu pra se apaixonar pelo processo todo. Depois que pisamos no Jalapão para o início das gravações, os personagens começaram a nascer de fato. É uma história de amor diferente, contada por personagens complexos. Estou muito ansioso. Estou adorando tudo.

Quanto tempo vocês ficaram no Jalapão? Chegaram a sair para conhecer?

Foram 28 dias. A gente gravou em todos os lugares possíveis. A produção já conhecia o lugar, e eu conheci gravando. Trabalhamos muito.

Você acha que o temperamento explosivo do seu personagem vai trazer à tona a discussão da violência contra a mulher?

Eu acho que não é só esse personagem que representa o machismo na trama. Existem algumas personagens femininas que representam muito mais o machismo que ele. A gente vai levantar várias discussões ao longo da novela, são temas fortes, importantes, e vai chegar o momento certo para cada tema.

Ele vai ter um momento de virada?

Eles se conhecem e casam muito cedo e vão se conhecendo durante o casamento. Acredito que ele vai se transformar por causa do amor que sente, porque ele a ama de verdade. Comete erros, precisa pagar pelos erros, mas acho que o amor vai levá-lo para o caminho da luz.

Você acha que esse personagem foi inspirado em alguém real?

Eu estou tentando entender o personagem ainda, porque ele é muito complexo, e acredito sim, que ele é espelhado em algumas pessoas que o Walcyr conheceu, é um cara muito possível.

Como está sendo contracenar com a Marieta Severo?

É maravilhoso, ela é uma escola. Seu Lima (Duarte) também é incrível. Os meus amigos, a Bianca (Bin) que eu já conhecia, porque já havíamos trabalhado juntos, ela é maravilhosa. Eu conheci a Grazi, a Juliana Caldas, todo dia eu vou para o estúdio para aprender. É isso!

Você viveu um protagonista no horário das 18h, e agora no horário das 21h. Acredita que um personagem foi a preparação para o outro?

Um é preparação para o outro. Preparação a gente vem fazendo desde as primeiras aulas de teatro, e devagar pensando no personagem para contar essa história da melhor forma possível.

O Gael tem muitas nuances. Você é mais metódico que senta e vai criando além do que sabe, ou vai deixando se levar apenas pelo texto?

Eu vou levando ‘presentes’ para o personagem, leio coisas, assisto, entrevisto pessoas, converso com os diretores porque eles são o nosso grande apoio para entender. Eu sempre digo que é um processo difícil, eu sofro, mas é como um namoro novo. Você vai conhecendo, perguntando para quem sabe mais que você e construindo aos poucos. Não fico esperando inspiração de jeito nenhum.

Com quais pessoas você conversou para construir este personagem?

Lá no Tocantins, eu sentava com pessoas locais e conversava, contando da vida para eu pegar alguma coisa. Dizem que sou muito tímido porque não falo muito, mas acho tão mais interessante escutar as pessoas falarem. Eu aprendo muito mais, e estou numa fase de aprender e aproveitar o que a vida tem pra dar. É isso.

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