Marcello Melo Jr. revela quais são as principais motivações de seu personagem em Tempo de Amar

Publicado em 01/09/2017

Marcello Melo Jr., estará na próxima novela das 18h, Tempo de Amar. O ator que participou recentemente do programa PopStar, conversou com nossa reportagem e falou sobre seu personagem Edgar, um jovem que chegará ao Brasil e despertará interesse pelas causas raciais. Confira:

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O que você pode falar sobre o seu personagem? É sua primeira novela de época?

Não, eu fiz Lado a Lado, mas meu personagem, o Caniço era totalmente oposto do Edgar, que é mais culto, mais educado, mais comportado. O Edgar é um cara que enfrenta o preconceito racial, e tem o poder financeiro por ser uma pessoa de sobrenome da época, ter nascido numa família de classe média alta. Ele é filho de um alemão com uma brasileira, e quando vem ao Brasil, ele assume essa militância pelas raízes negras, junto com a Olímpia (Sabrina Petraglia), que defende a causa da mulher. Quando eles conhecem o Vicente (Bruno Ferrari), eles fundam o Grêmio de Cultura Brasileira, onde eles podem discutir abertamente sobre isso.

Os avançados também têm paixão?

O Vicente é o galã, o Edgar é o romântico, e a Olímpia é que eles chamam de mulher para casar. Eles têm paixão, e têm respeito pelo que cada um acredita. E vivem essa soma de se ajudar mutuamente, cada um com seu ponto de vista.

O Edgar será par romântico da Olímpia. Eles enfrentarão preconceitos por estarem juntos?

Vão sim. O preconceito acontece pela forma como as pessoas veem esse casal, mas por serem à frente do tempo deles, eles sabem dos problemas que vão enfrentar, e como eles descobrem esse amor, eles acreditam que passar por aquilo vai valer a pena. Cada um tem sua causa, mas em conjunto eles têm esse amor, e a novela trata dessa cumplicidade. Nos dias de hoje as pessoas esqueceram que a arma mais forte que elas possuem é o amor, que ele pode curar e ser a base de tudo.

Como é o lado revolucionário do Edgar?

Ela é um revolucionário para a época dele. Não concorda com a forma como a abolição se deu naquela época por ser algo totalmente vago, onde as pessoas não tiveram reconhecimento como cidadãos, nem benefícios, e ele tenta dar um pouco de esperança às pessoas que não tinham voz nenhuma.

O seu núcleo é só Rio de Janeiro?

Graças a Deus. O pessoal foi gravar no Sul, fiquei sabendo que estava fazendo 2 graus negativos, mas o Jayme é muito delicado, cuidadoso, e a novela visualmente está muito bonita, e acho que culturalmente será muito interessante. Acredito que as pessoas vão se apaixonar por esses elementos, fora a dedicação que temos para entregar uma novela muito bonita para as pessoas que assistem.

Quais as diferenças entre o Edgar e o Marcello?

Entre ele e eu, como pessoa sou muito mais extrovertido, e aberto. Edgar é mais na dele, mas focado nas intenções dele, um verdadeiro ativista, já eu acabo sendo apenas consciente sobre determinado assunto. A gente acaba aprendendo um com o outro.

Como você se preparou para viver esse personagem?

Tivemos estudo de linguagem, assisti a filmes, e nas aulas também aprendemos sobre a forma de falar, a forma do corpo das pessoas. E com essas informações tentamos mais fidelidade ao reproduzir

Você gosta dessa coisa de fazer essas coisas diferentes como Dança dos Famosos e PopStar?

São poucas as pessoas que têm oportunidade de fazer isso, e eu procuro aceitar e me divertir. Tanto a Dança como o PopStar foram ótimos e eu adorei, embora meu foco sempre seja me dedicar à novela nesses 8 meses em que ela está no ar, mas quando não estou no ar com nenhuma novela aproveito os convites para outros projetos.

E a Banda?

Estamos fazendo shows todo final de semana, mas quando estou em alguma novela, ela se transforma em minha prioridade.

Como vai ser o figurino?

Não sei muito sobre como se chamavam na época, mas as roupas são mais pesadas que as de hoje.

E a prosódia?

Existe mais a correção da linguagem mesmo, de fazer algo mais formal e banir algumas palavras que não eram faladas na época. Não vamos fazer nenhum sotaque.

Você entra em qual capítulo?

Entro no capítulo 7. Gravei poucas cenas até agora, e acho que a partir deste mês vou ter um ritmo mais pesado de estúdio e externa, e a máquina vai voltar a funcionar. Gravamos mais em cidade cenográfica que externa, mas a externa fazemos para fugir um pouco da estética da cidade cenográfica. A ideia é conseguir fazer mais viagens ao sul no decorrer da novela.

*Entrevista realizada pela jornalista Núcia Ferreira

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