Irmãs em Filhos da Pátria, Letícia Isnard se derrete por Fernanda Torres: “Ela é fantástica, genial”

Publicado em 08/08/2017

Letícia Isnard está de volta à televisão em duas séries: Sob Pressão e Filhos da Pátria. Durante o evento de lançamento de Filhos da Pátria, a atriz conversou com nossa reportagem e falou sobre a responsabilidade de contracenar com Fernanda Torres, e sobre a sensação que a maternidade lhe trouxe. Confira:

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Filhos da Pátria é uma série que apesar de se passar em 1822, tem características muito atuais…

Infelizmente. Foi um desafio porque no papel, os roteiros já eram incríveis, eu já rolava de rir só lendo. E aí eu ficava pensando: “Meu Deus, como a gente vai superar isso porque não tem como ser melhor que isso”. O pessoal fez um trabalho impressionante. Eu achei um dos melhores produtos que já vi dentro da casa. A série tem uma qualidade incrível, é muito divertida, muito inteligente. O humor chega junto com delicadeza, fazendo você rir, se abrir para escutar mensagens muito importantes, né, que faz a gente refletir sobre o que queremos.

Como é a sua personagem?

Minha personagem chama-se Leonor, é irmã da Maria Teresa (Fernanda Torres), e a humilha muito, a trata mal porque é besta. Com esse desprezo todo que ela recebe, ela estimula o marido a se corromper ainda mais para poder esfregar na cara da irmã o dinheiro dela também. Foi muito desafiador, Fernanda Torres é um monstro sagrado, para mim ela sempre foi um mito, uma pessoa que admirei sempre, então foi difícil no começo pra mim humilhar ela em cena e trata-la mal, mas passado esse momento de medo, foi fabuloso. Ela é uma atriz fantástica, super generosa e genial. Impressionante tudo que ela faz. Tem uma sequência do primeiro episódio dela batendo porta de um armário, que é de chorar de rir, né, um Jerry Lewis pronto, genial.

Não é de hoje que as mulheres fazem isso. Quando algo não dá certo, elas quebram tudo…

Sai batendo porta, tacando tudo pra cada lado. Genial, foi fantástico fazer. Tomara que tenham outras temporadas.

Filhos da Pátria é um trabalho mais curto assim como Sob Pressão que você também participou. Para o ator, isso é melhor?

Tem um lado bom e um lado ruim: o lado bom é que realmente concentra tudo e você consegue ter mais tempo pra sua vida pessoal, mas o lado ruim é que com o tempo vamos ficando mais à vontade com o personagem e eu tenho a  sensação de que quando comecei a me sentir mais à vontade com a personagem, um pouco mais abusada e tal, já estava acabando de gravar, então não tem muito esse tempo. Gravamos Filhos da Pátria, ano passado, Sob Pressão já têm uns 3 meses, e eles estão vindo ao ar agora quase ao mesmo tempo, no momento em que também estou estreando uma peça no teatro Oi Futuro no Flamengo, chamada Agosto, do Tracy Letts. Então acabou que rendeu tudo ao mesmo tempo, mas é maravilhoso.

A propósito, em Sob Pressão você interpreta uma das noivas do Amir certo?

Isso. Do personagem do Orã Figueiredo. Ele é um médico e aí ele faz um jogo com os plantões. Segunda, quarta e sexta ele fica com uma; terça, quinta e sábado ele fica com outra e domingo ele tem folga, que ele também é de carne e osso, mas elas não sabem da existência uma da outra. Em determinado ponto da trama elas vão descobrir.

Não podemos deixar de falar de Avenida Brasil. Foi um divisor de águas na sua vida profissional?

Com certeza, foi um trabalho muito marcante, para todo mundo que fez parte dele. Até hoje as pessoas falam muito, ainda tenho muita referência com este trabalho. Realmente foi fantástico, ficou pra história, eu acho.

Quais são seus projetos futuros?

Estamos estreando a peça com a qual ficaremos até o dia 17 de setembro, e depois ainda não sei. Vamos ver o que pinta pela frente.

Você costuma usar redes sociais?

Não fiz ainda, já levei bronca inclusive, dos mais jovens dizendo que eu tinha que ter rede social (risos). Fiz uma página no Facebook  que é Letícia Isnard Atriz, e de vez em quando eu dou uma atualizada lá, mas eu vou melhorar isso.

Você teve uma filha há alguns anos, o que te fez recusar um papel na novela Império. Como ela está?

Já está com quase 3 anos de idade, realmente o tempo voa. Ela está falando tudo, uma figuraça, Teresa. Tudo ótimo, mil maravilhas. Ser mãe é uma experiência muito poderosa, não é pra qualquer um não. É uma experiência de muita doação, você tem que abrir muitos espaços em sua vida para acrescentar esse serzinho, é uma experiência fantástica, a gente cresce muito. Acho que me tornei uma pessoa melhor.

E ela já apresenta alguma direção de talento na idade dela?

É muito cedo, mas não pressiono para nada não. Tem uma coisa que eu acho muito positiva é que essa geração é muito mais livre. Antigamente você tinha aquela coisa de ser engenheiro, médico, advogado, e a garantia do diploma, era a garantia do emprego. Hoje em dia você não tem mais garantia de nada. O lado bom é que fica todo mundo mais livre para correr atrás do que gosta e se você gosta do que você faz, você vai ser bom naquilo. Eu realmente tenho muita confiança nisso.

*Entrevista realizada pela jornalista Núcia Ferreira

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