Âncora do Jornal da Record, Adriana Araújo não descarta possibilidade de migrar para o entretenimento

Publicado em 16/08/2017

Quem liga a TV todas as noites na Record, para assistir ao seu principal telejornal, nem imagina como é a rotina diária da apresentadora Adriana Araújo. Quem pensa que a jornalista apenas vai à redação para apresentar jornal engana-se, o dia começa cedo para ela, que garante estar de pé desde as primeiras horas da manhã.

Perguntada sobre como é a sua rotina no dia a dia até a chegada na redação da Record TV, Adriana revelou alguns detalhes: “Sou matutina, acordo às 7:30 e já começo a ler os jornais. Uma hora e três doses de café depois, sigo para a academia. Faço pilates, ioga, natação e corro um pouquinho também. Cada dia pratico uma dessas atividades. E tem toda a rotina de mãe e dona de casa – supermercado, feira, açougue, pagar contas, chamar o encanador (#asmulheresmeentendem). Sempre com o rádio do carro ligado no noticiário. Se algo urgente acontece, paro tudo e corro para a redação. Mas normalmente consigo almoçar com a minha filha, Giovanna, que tem 19 anos e é vestibulanda de Medicina. É o momento que temos pra conversar, tento ajudá-la a lidar com o stress tão presente nessa fase da vida, contar um pouco do meu dia. Na verdade, não sei quem ajuda quem. Ela me faz tão bem! Depois sigo para a redação por volta de 3 da tarde e fico até às 23h, quando termina o jornal”, disse a jornalista.

Adriana Araújo é uma das principais âncoras de telejornal do Brasil, no comando diário do Jornal da Record e ao lado de Celso Freitas, apresenta o noticiário desde 2006 onde ficou até o ano de 2009, e foi substituída por Ana Paula Padrão. Em 2013, Adriana retorna a bancada, após o período como repórter especial da Record.

A jornalista que começou a carreira na televisão como repórter em 1995, recebeu a chance da Record, de desenvolver o seu trabalho com mais destaque ao ser convidada em 2006, para ancorar o Jornal da Record, mudança que ela fala com orgulho: “Os meus primeiros seis meses na Record foram um turbilhão de emoções. Mas com o tempo o coração se acalma. Vi que os meus amigos da Globo, na verdade, eram amigos do coração e seguem comigo pela vida. Fiz grandes amigos na Record, recebi o apoio de muita gente para desenvolver o meu trabalho numa empresa com uma estrutura e cultura diferentes, o que demandava uma adaptação. Tive a confiança da Record para atuar como âncora e também como repórter especial. Aqui aprendi que poderia me soltar mais diante das câmeras, deixar a emoção da repórter aparecer quando a pauta permitisse, ser mais humana ao contar cada história. Na Record fiz as melhores coberturas da minha carreira. E também sou muito grata por isso”, revela.

Atualmente as mulheres do jornalismo têm virado a página e deixado em parte o noticiário, para assumirem outras funções na TV, elas têm trocado a bancada pelo entretenimento como é o caso das ex-âncoras Fátima Bernardes, Ana Paula Padrão e Mariana Godoy, você também se vê no comando de um programa?

“Olha, há 23 anos me vejo como funcionária da notícia. Fazer jornalismo sempre foi uma paixão. Mas o entretenimento permite trabalhar de forma mais leve, sem deixar de lado a informação. Não existe um projeto concreto no horizonte, mas se um dia surgir um convite bacana não se assuste se eu aceitar”

Na mídia de um modo geral ultimamente jornalistas que antes não eram vistos fora da bancada, têm dado o que falar, Willian Bonner e Fátima Bernardes são os mais falados depois da separação, que pegou a todos de surpresa. Você não é vista com frequência em noticias sobre celebridades, como é a sua vida fora do profissional?

“Sou casada, tenho uma filha e quatro cães. A família é minha prioridade. E, vamos combinar, a rotina de jornalista, mãe e dona de casa não permite tantas badalações assim. De segunda a sexta estou na balada das notícias até as 11 da noite. E, aos fins de semana, gosto da calmaria, de ver o sol nascendo, das longas caminhadas na montanha, do cheiro de lenha queimando no fogão, de tomar um bom vinho com os amigos. Mas quando surge algum convite compatível com a agenda, vou com prazer. Sair da toca de vez em quando também é bom”

Como âncora de telejornal, todo jornalista deve estar preparado para lidar com as diversas informações, que surgem no decorrer do dia, antes do fechamento de uma edição e até mesmo para um eventual improviso de última hora, como é estar diariamente na bancada do JR?

“Uma enorme responsabilidade. Com já disse, normalmente sigo para a redação somente após o almoço mas, na verdade, começo a trabalhar quando ligo o ipad logo cedo para acompanhar as notícias. É preciso estar com o radar ligado o tempo todo. Quando você está na bancada de um jornal transmitido para todo o Brasil, com a aceitação que o JR tem, precisa estar informado sobre todos os assuntos do momento. E preparado para as notícias que podem chegar de última hora – um acidente grave, um atentado, um novo escândalo político, um ataque da Coreia do Norte. Isso pode mudar completamente o noticiário, com repercussões no Brasil e no mundo. E exige que os apresentadores façam um jornal de improviso, sem qualquer texto escrito. Nesses momentos o público vê quem está preparado e pode realmente ser chamado de âncora de TV”

Existem muitos formatos de programas e até telejornais hoje na TV, muitos apelativos, ou até sensacionalistas. Assim como novelas que seguem rumos com temas polêmicos, o que você não gosta na televisão?

“Baixaria. Não dou audiência para baixaria. Acho que dá para tratar de qualquer assunto, fazer qualquer tipo de programa sem apelação. Com informação, descontração, alegria e elegância, dá pra fazer TV e fazer audiência”.

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A televisão como diversos meios de comunicação acompanha tendências, o que faz com que ela tenha que sofrer adaptações com o tempo, seja com novas contratações, modificação nos formatos e até mesmo a tecnologia, como você se vê futuramente na televisão?

“Tenho me feito essa pergunta com mais frequência. Enquanto trabalhar com notícia, elas me guiam. Mas também não fecho as portas para as novidades. Sou ariana, a mudança não me apavora. Ao contrário, é o novo que faz acordar com os olhos brilhando e aquele sorriso no rosto”

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