Rodrigo Fagundes conta sobre oportunidade de trabalhar com atores veteranos: “É a minha Disney”

Publicado em 04/06/2017

Rodrigo Fagundes fez sucesso por muitos anos na pele do personagem Patrick, do Zorra Total e agora está prestes a atuar numa novela do início ao fim. Vivendo Nelito, importante personagem de Pega Pega, nova trama das sete que estréia na próxima terça (06), ele abriu o jogo e contou algumas curiosidades sobre a nova novela. Confira:

Thiago Martins sobre personagem em Pega Pega: “Vive um turbilhão de emoções”

Como está sendo a parceira com o elenco da trama?

Essa é a segunda novela em que participo. A primeira foi Babilônia e agora Pega Pega, que tem um personagem tão lindo, o Nelito. Fiquei muito feliz com o convite. Ele é muito altruísta. Ele cuida do Pedrinho (Marcos Caruso), e o enxerga como um pai, e cuida também da irmã Antônia, que é interpretada pela querida Vanessa Giácomo. A maioria das minhas cenas são com a Vanessa Giácomo, com Thiago Martins e com o Marcos Caruso, e eles são muito generosos, muito queridos. Eu não conhecia o Caruso, e nem a Vanessa, e estou encantado. Quando a novela acabar, tem que virar uma série de 5 anos, porque vai ser uma choradeira. O elenco está muito entrosado. Estamos desde janeiro juntos, se conhecendo e investigando os personagens. Espero que seja um sucesso e que as pessoas gostem.

Você disse que o seu personagem é altruísta. Você também é?

Eu cuido muito dos meus amigos. Não sou de sair para bares e festas, mas levo todo mundo lá pra casa. Isso eu tenho em comum com ele.

Você é o responsável por apresentar o casal Júlio e Antônia, né?

Sim! O Nelito apresenta a Antônia para o Júlio, e depois fica um pouco enciumado, achando que ele não é bom pra ela.

Na sua vida pessoal, você já apresentou amigos e acabou dando certo?

Já sim, na época de colégio. Era um colega do curso de inglês, que tinha tudo a ver com uma amiga minha do colégio. Fiz uma festa em casa e eles namoraram durante dois anos.

Ele abre mão da vida dele pelo Pedrinho?

Ele abre mão aos olhos dos outros, porque para ele, aquela é a vida dele. A Antônia tem ciúme e diz: “você não é escravo do Doutor Pedrinho. Você faz tudo pra ele”. E ele fala: “faço porque gosto!”. Ai, fica tudo certo.

A gente vê muito na ficção e na vida real mesmo, pessoas que deixam a vida passar para cuidar dos outros. Como foi sua inspiração para criar o Nelito?

Eu vi alguns filmes, prestei atenção no Carlson de Downton Abbey, li Dom Quixote pela relação dele com Sancho Pança. Eu digo que o Nelito é o amigo imaginário de carne e o osso do Doutor Pedrinho. Ele está ali sendo quase que a consciência dele como o grilo falante do Pinóquio. É muito linda a relação de cumplicidade dos dois.

E a relação com o Caruso deu muito certo?

Demais! Eu já estou triste porque vai acabar.

Você fez aula de etiqueta também?

Fiz aula de etiqueta, aula de segurar bandeja, de como acender charuto, de como usar os talheres, de como passar roupa, de como estourar champanhe, fiz aula de tudo.

Vai usar esses conhecimentos em casa?

Os talheres sim. A Renata Rocha Brito, que foi quem nos deu aula, comenta sempre que o prato é um relógio e os talheres os ponteiros. Ela diz que quando uma refeição acaba, precisamos pousar os talheres como se fosse seis e meia. Cotovelo em cima da mesa, chá da tarde eu descobri que não se usa faca pra partir o queijo, é só garfo. Engraçado, é um mundo que a gente acha que não existe mais.

Você vai viver o irmão de uma policial? O que você acha das mulheres estarem sendo representadas dessa forma?

Acho incrível! Tem a Paolla Oliveira, que está fazendo a novela das nove, a Giovanna Antonelli que já fez também, e elas são gatas. Quando vemos no noticiário percebemos que elas são competentes, e acho importante mostrar isso.

E ele vai para o lado do humor também?

Vai sim. O humor está na situação. Estou podendo exercitar um lado dramático, que nunca exercitei em TV, como uma cena que fizemos aonde o Pedrinho vai para o hospital e o Nelito acha que vai perdê-lo.

Você sentiu dificuldade nessa parte dramática?

Senti nas primeiras cenas, mas me concentro e temos ajuda da preparadora de cena. Eu sou noveleiro, sabia? Eu fiquei 10 anos no Zorra Total fazendo humor, mas a minha escola é novela.

Você é muito fã de A Gata Comeu, não é?

Sim. Muito, eu falei com o Danton Melo outro dia que ele fez o filé mignon dos anos 80: A Gata Comeu, Vale Tudo e Tieta. Eu sei tudo sobre as novelas dos anos 80. E aí, eu viro pro lado e vejo uma Elizabeth Savalla, uma Irene Ravache, um Marcos Caruso, e sinto que é a minha Disney.

O Patrick do programa Zorra Total foi um sucesso. Ele ainda é lembrado?

Até hoje! Ainda tem muita gente que me chama de Patrick nas ruas. Passei 10 anos fazendo esse personagem e ele foi uma grande alegria. É isso.

*Entrevista realizada pelo jornalista André Romano.

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